Uso racional de medicamentos

OPINIÃO - Luis do Nascimento Ortega

Data 08/05/2025
Horário 04:30

Em 1985, a Organização Mundial da Saúde definiu que o uso racional de medicamentos é a situação em que “os pacientes recebem medicamentos adequados às suas necessidades clínicas, em doses que atendam às suas necessidades individuais, por um período de tempo adequado e ao menor custo para eles e sua comunidade”. No Brasil, com o objetivo de alertar a população quanto aos riscos à saúde causados pela automedicação, foi adotado o dia 5 de maio como o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. 
O uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação são os principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por medicamentos. Nesta data, cabe alertar a população quanto ao uso irracional de medicamentos. Estes precisam ser, além de necessários e efetivos, também seguros. Portanto, caso se sinta mal ou suspeite de reações adversas ao medicamento – efeito indesejado do medicamento, procure o médico ou farmacêutico. Evite a automedicação, esta prática pode ser perigosa; utilize o medicamento de forma correta, ou seja, como foi prescrita, na dose e horários corretos, pelo tempo indicado e como orientado. 
Também é importante ressaltar quanto ao correto armazenamento, evite guardar os medicamentos em lugares quentes, úmidos e com exposição direta ao sol. Mantenha os medicamentos longe de produtos de limpeza e de alimentos. Evite deixar os medicamentos no banheiro, cozinha ou dentro de carro. Observe as recomendações do fabricante (bula), pois alguns medicamentos devem ser guardados sob refrigeração.  Armazene em local seguro, de fácil acesso e longe do alcance das crianças. O descarte deve ser realizado em locais apropriados, em coletores próprios. Não utilize medicamentos vencidos ou que tenham uma aparência suspeita. Em caso de dúvidas, procure um farmacêutico para orientá-lo.
Ainda, não utilize medicamentos indicados para outras pessoas, não compre medicamentos em feiras e camelôs e, cuidado, muitos medicamentos são falsificados e alguns produtos oferecidos como medicamentos não possuem aprovação da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) e nem possui um número de registro no Ministério da Saúde. Fique alerta quando as condições e preços são muito atraentes.
O medicamento é muitas vezes tratado como uma solução mágica e não como uma ferramenta terapêutica, que exige critério e responsabilidade. Incentivar o uso racional de medicamentos é evitar danos ao usuário e à população. É salvar vidas. 
 

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