Vacinação contra brucelose previne aborto e infertilidade

PRUDENTE - Stephanie Fonseca

Data 10/09/2013
Horário 09:19
 

Durante o primeiro semestre de 2013, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária mostra que o índice de vacinação contra a brucelose no Estado de São Paulo foi de 84,66% num total de 523.813 cabeças de fêmeas bovinas e bubalinas, com idade entre 3 e 8 meses. O médico veterinário do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Presidente Prudente, Carlos Renato Tiezzi Furlanetto, relata que na região, de 36.810 cabeças, 85,4% receberam a dose. "É importante a vacinação para eliminar a doença, pois ela afeta diretamente a produtividade do animal", declara Furlanetto.

Já no EDA de Dracena, o veterinário responsável, Marcelo Kenji Yashida, aponta que de 19.302 cabeças, 93,5% foram vacinadas. "Deve-se ter consciência e cuidado, pois o animal doente causa muitos prejuízos", consta Yashida. A vacinação é obrigatória desde 2002, e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento instituiu o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose animal (PECEBT). Essa vacinação é realizada uma única vez para que o animal fique protegido.

Segundo a médica veterinária e pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia e Agronegócios, Ana Lúcia Luz Alberti, a brucelose é uma doença contagiosa causada nos bovinos pela bactéria Brucella bostos, podendo ser transmitida para o ser humano. "O contágio se dá pelo contato com animais, alimentos, água e equipamentos com a bactéria", diz Alberti.

Ainda segundo a pesquisadora, os sintomas no animal e nos seres humanos são ligados à fertilidade. "Ocorrem processos inflamatórios que causam o aborto e até a infertilidade", afirma.

Para a realização da vacina, a pesquisadora afirma que os proprietários devem buscar um profissional especializado, pois o mau manuseamento também pode causar o contágio. "A vacina utilizada é a B19, uma vacina ativa atenuada, e qualquer contato com o aplicador pode contaminá-lo", ressalta Alberti.

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