Varejo da região de PP deve alcançar receita com  marca de R$ 16,5 bi, em 2023 

Projeção da maior cifra, em 15 anos, é do Fecomércio que aponta vendas de supermercados e lojas de vestuário, tecidos e calçados como responsáveis por elevação de faturamento em torno de 4%

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 27/12/2023
Horário 15:19
Foto: Oslaine Silva
Geração de empregos com carteira assinada foi um dos motivos dessa alta na receita do varejo em 2023
Geração de empregos com carteira assinada foi um dos motivos dessa alta na receita do varejo em 2023

Segundo o Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), as vendas de supermercados e lojas de vestuário, tecidos e calçados na região de Presidente Prudente devem ser responsáveis por elevação de faturamento, em torno de 4% e alcançar a marca de R$ 16,5 bilhões, em 2023, se comparado com o ano passado, quando as receitas do varejo da região cresceram 9,2% em relação a 2021. De acordo com a projeção da entidade, esta é a maior cifra, em 15 anos, desde o início da série histórica, em 2008. 
Seis das nove atividades analisadas devem registrar crescimento, com destaque para os supermercados e as farmácias e perfumarias — que historicamente também alcançarão a maior receita—, e para as concessionárias de veículos, que se beneficiaram do incentivo fiscal do governo federal na metade do ano. Conforme as expectativas, o segmento de autopeças e acessórios também aguarda pelo resultado mais relevante desde então. Fecham a lista de destaques positivos as atividades de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos e de vestuário, tecidos e calçados.
“Esse resultado positivo não é apenas números. Representa o empreendedorismo e a dedicação dos que compõe esse cenário comercial. Os empresários prudentinos demonstraram capacidade de adaptação, inovação e, acima de tudo, um comprometimento inabalável com o atendimento ao cliente. Foi um ano importante para o comércio, notamos a retomada, a movimentação contínua, apesar dos grandes desafios”, salienta o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), qual também é o diretor da Fecomércio/SP, Vitalino Crellis.
Ele afirma que esse marco são consequências de todo o empenho dos empresários locais diante dos desafios dos últimos anos.
Por outro lado, ele revela que após terem registrado o maior faturamento em 2022, o varejo de materiais de construção, lojas de móveis e decoração e o grupo de outras atividades, em que predomina a venda de combustíveis, devem registrar um desempenho negativo esse ano.

Fatores contribuintes
De maneira geral, a alta na receita do varejo em 2023 foi motivada, principalmente, pela geração de empregos com carteira assinada, consequentemente a queda do desemprego, elevando a quantidade de pessoas com condições de consumir, resultando em uma maior injeção de recursos do 13º salário no fim do ano. 
Vitalino cita que para se ter uma ideia, em âmbito nacional, a taxa de desemprego atingiu 7,6% no trimestre de agosto a outubro, menor patamar desde 2015. E, além disso, entre janeiro e outubro, quase 1,8 milhão de empregos formais foram gerados no Brasil e cerca de 500 mil no Estado de São Paulo.
Outros fatores que contribuíram foram a queda da inflação ao longo dos últimos meses — principalmente sobre alimentos e bebidas —, que abriu espaço no orçamento doméstico de muitos lares, e o início do ciclo de redução da taxa Selic, gerando efeitos positivos sobre o poder de compra das famílias e sobre a confiança dos consumidores.

Atenção
O presidente do Sincomércio acentua que é importante lembrar que faturamento é diferente de lucro. Nesse sentido, segundo ele muitos empresários seguem trabalhando com margens apertadas para não perder clientes. 
Assim, para o próximo ano, a orientação é que se tenha cuidado na formação dos estoques considerando as incertezas no cenário internacional. “A desaceleração da atividade econômica prevista para 2024. Os juros ainda elevados, o alto nível de famílias endividadas e os indícios de falta de compromisso do governo com as contas públicas que podem trazer instabilidades. Por esses motivos, os empresários devem priorizar o reforço do caixa.

Como é feita essa projeção
As projeções são elaboradas com base nos dados da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista), a qual utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista. A pesquisa é elaborada mensalmente pelo Fecomércio através de um convênio de cooperação técnica com a Sefaz/SP (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo).

 

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