O feriado da Sexta-feira Santa se aproxima. Nas dependências dos supermercados e casas especializadas de Presidente Prudente, já é possível sentir o cheiro de um dos produtos mais procurados nesta época: o bacalhau. Diante dos dias que antecedem a data, os comerciantes estão na expectativa de aumento nas vendas, já que até então, muitos consumidores ainda pesquisavam os preços. Entretanto, os clientes continuam insatisfeitos com o valor ofertado pelo peixe, que varia entre R$ 28 e R$ 55 na cidade.
A gerente comercial da empresa Navio Peixaria e Rotisseria, Magda Ivelise Barros Siqueira, esclarece que primeiro, os consumidores realizam a pesquisa de preço, o que acaba alterando o fluxo de vendas apenas nos dias que antecedem a Páscoa. “Eles deixam para última hora, porque se comprar com antecedência não tem local para guardar o peixe”, explica. Questionada sobre a expectativa de comercialização, Magda diz que sempre teve um bom resultado e espera que a procura pelo bacalhau aumente em até 30% no estabelecimento. “O produto que nós vendemos é demolhado aqui mesmo, isso atrai a atenção dos clientes”, afirma.
Para o gerente do Supermercado Estrela, Vicente José Riquete, a procura pelo bacalhau “está bem calma” e acredita que nos próximos dias haja um aumento de 15% nas vendas, em comparação ao ano anterior. Ele explica que comercializa produtos que variam entre R$ 28 e R$ 55 – depende do tamanho da peça – e acredita que o preço não fará muita diferença no bolso do cliente que tem o costume de comprar a carne. “Pode ser que em um primeiro momento a venda dos mais baratos seja maior”, expõe.
Enquanto alguns estabelecimentos criam expectativas para o comércio, o gerente do Mercado Bom Preço diz que “a venda talvez não possa ser tão grande” devido ao preço da carne salgada, que varia entre R$ 32 e R$ 34. Como houve prejuízo no ano passado com o comércio do bacalhau, ele conta que desta vez não adquiriu muitas caixas da mercadoria para que não as perca novamente. “Foi difícil vender, vamos ver se o cenário muda”, finaliza.
Preço salgado
O aposentado Sebastião Cardoso Filho, 82 anos, diz que não tem o costume de consumir o bacalhau com frequência. Segundo ele, em épocas festivas, “abre uma brecha” para comer a carne. Questionado sobre ovalor do produto, Sebastião diz que o valor “é muito caro” e acredita que “poderia ser mais barato”.
Já a promoter de eventos Neusa Alves, 51 anos, a preferência de consumo no feriado é o peixe de carne fresca, como o salmão e o filé de tilápia. Ela conta que o avô tinha o costume de fazer diversas receitas com o bacalhau, mas que após o seu falecimento a tradição não continuou na família. Apesar disso, ela afirma que compra a carne e diz que o preço “deveria ser mais justo para que todos consigam consumir”.
