Vigilância Sanitária de  Anastácio alerta sobre descarte irregular de pneus

Nesta semana, uma equipe do Setor de Endemias flagrou dezenas de pneus descartados por borracharias da cidade de forma incorreta

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 25/02/2023
Horário 07:11
Foto: Cedida
Pneu com água acumulada: ambiente propício à proliferação do Aedes
Pneu com água acumulada: ambiente propício à proliferação do Aedes

Durante o feriado de carnaval, dezenas de pneus inservíveis - que não podem mais serem utilizados - foram descartados por borracharias de forma irregular na Rua Manoel Ramires Reina, nº 191 – que fica em frente ao Ecoponto de Santo Anastácio, local correto para destinação adequada do produto.
De acordo com o veterinário da Vigilância Sanitária Municipal, Paulo Ricardo Doria, quando a equipe do Setor de Endemias passou em frente ao local, se deparou com o montante de pneus cheios de água e larvas de mosquitos. “Como já divulgado por diversas vezes através de nossas redes sociais, existe o telefone do Setor de Endemias, que é o 99694-9453 - destinado para esta finalidade. A pessoa que deseja descartar os pneus, precisa ligar para um responsável ir até o local e abrir o Ecoponto para abrigar os mesmos, pois deixar os pneus na calçada é proibido e, se identificada, a pessoa poderá ser multada”, explica.
Ainda conforme o veterinário, a administração municipal está realizando um intenso trabalho contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, doença que está em estágio avançado na cidade, devido ao período de intensas chuvas e calor. “Estamos trabalhando dia e noite no combate desta praga, mas se as pessoas não colaborarem fica difícil. Não adianta combatermos de um lado e o outro ser alimentado; água parada, principalmente em locais escuros como os pneus, é um excelente local para um criadouro em potencial. Ou nos unimos de verdade nesta luta, ou vamos ser vencidos por esse mosquito”. 

Funcionalidade do Ecoponto

De acordo com informações da Prefeitura de Santo Anastácio, o pneu não se trata de um resíduo considerado perigoso, já que não apresenta risco significativo à saúde ou à qualidade ambiental, como acontece com resíduos inflamáveis ou tóxicos.
Entretanto, apesar dessas características, é um resíduo que merece atenção especial: se descartado de forma irregular, pode causar danos ao meio ambiente, a proliferação do mosquito da dengue e até incêndios.
O tempo aproximado para degradação dos pneus é de 600 anos. Por isso, é proibido o envio de pneus velhos para aterros sanitários – eles acabam emergindo para a superfície por causa da absorção de gases liberados pela decomposição dos resíduos orgânicos.
Esse procedimento prejudica a eficiência e a vida útil do aterro. A forma ambientalmente correta para descarte de pneus é enviá-los para um ponto de coleta. Conhecidos como ecopontos, são locais administrados pelas prefeituras, onde são recebidos pneus recolhidos pelo serviço de limpeza pública, ou aqueles enviados diretamente por borracheiros e pessoas comuns.
Por meio de acordo setorial, a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) criou a Reciclanip. Hoje, ela é a empresa responsável por toda a gestão de pneus inservíveis destinados aos ecopontos em todo o Brasil, bem como pela destinação ambientalmente correta desse material.

Destinação

Após a coleta nos ecopontos, o pneu é enviado para empresas de trituração, onde é transformado em pedaços de borracha, também conhecidos como “chips”. Esses chips são triturados para gerar novos produtos: calçados, pisos industriais e borrachas de vedação. Também são utilizados no processo de cogeração energética.

Foto: Cedida


Flagrante dos pneus descartados irregularmente em frente ao Ecoponto em Santo Anastácio

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