Seis anos de serviço. Sem faltas, sem reclamações, sem desavenças, apenas muito amor. Depois de tanto tempo, Lima, o “aujudante” de segurança do AME (Ambulatório Médico de Especialidade) do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Presidente Prudente, segue esbanjando disposição no trabalho. O cachorro vira-lata, “contratado” como vigilante “patrimoniau”, com direito a crachá, recebe os pacientes na entrada principal, auxilia na ronda de segurança e recebe muito, mas muito carinho, tanto dos colaboradores quanto dos pacientes, que chegam a levar roupinhas de presente para ele quando as temperaturas estão baixas.
O nome “Lima” foi escolhido pelos colaboradores do AME em função do animal ser antigo morador da chácara da família do fundador do HR, o ex-prefeito Agripino Lima. A propriedade ficava na frente do ambulatório e ele visitava a unidade no período noturno. Com a mudança dos moradores, o cachorro passou a visitar o espaço com muito mais frequência, o que motivou a adoção pelos funcionários do local, conta a assistente social do AME, Camila Ali Fracasso.
“A função principal dele é deixar os nossos dias mais leves. Ele fica na porta, todos os dias, a partir das 7h, e tem interação com todos os colaboradores. Mas o que ele gosta muito é de ficar com a equipe de segurança e fazer a ronda com os vigilantes”, relata Camila.
A assistente social lembra que o carinho pelo animal é também compartilhado pelos atendidos. “Muitos acham que o Lima é um cachorro abandonado e, por várias vezes, já tiramos ele de dentro de carros de pacientes que queriam levá-lo embora. Ele é tão bonzinho que vai. Inclusive, temos depoimentos de pacientes que falam que ali já é um ambiente pesado, de saúde, que muitas vezes chegam com dores e a presença dele já deixa tudo mais leve”, ressalta.
“Então, ele torna o ambiente mais humanizado, porque a presença de um animal de estimação deixa o ambiente mais gostoso. Todos amam a presença dele. Ele tem comida, água, atendimento veterinário quando necessita. Então, a gente o trata muito bem porque, para nós, ele faz muito bem”, frisa Camila.
“Hoje em dia, alguns hospitais usam animais de estimação como parte de um tratamento e isso é muito bom. Então, eu acho que todos os locais, independentemente se sejam ambientes de saúde, poderiam se adequar e adotar um animalzinho de estimação. Isso acrescenta muito no tratamento, no bem-estar do paciente e dos colaboradores”, pontua a assistente social.
Foto: Hospital Regional - Lima foi contratado como "vigilante patrimoniau" do AME
Patrícia Delibório Ribeiro vende pães no entorno do AME e conta com a companhia de Lima para ofertar seus produtos há cerca de um mês. “Quando eu chego, dou um petisquinho, ele fica feliz. Quando vou embora, ele fica triste. Quando ele me vê, ele deita no chão, fica do meu lado, onde eu estiver. É raro ele sair de perto de mim, pois ele me acompanha nas vendas e fica sempre me esperando”, revela a comerciante através da Assessoria de Imprensa do HR.
Foto: Hospital Regional - Camila diz que função principal dele é deixar dias mais leves
Foto: Hospital Regional - Nome do animal tem origem no do ex-prefeito Agripino Lima