VIRGINIA SILVA, jornalista

“Vivi uma das melhores fases da vida em Prudente”

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 23/08/2020
Horário 05:24
Andréia Castro: A jornalista mineira Virginia Silva, morou 16 anos em Presidente Prudente
Andréia Castro: A jornalista mineira Virginia Silva, morou 16 anos em Presidente Prudente

Ela é mineira de Belo Horizonte, tem 39 anos. Virginia Silva, filha de Maurício Marques da Silva e Fátima Silva, voltou à sua terra natal, em 2009, mas não esquece de Presidente Prudente, onde viveu 16 anos. Aqui mora seu irmão Daniel, de 42 anos. A irmã Daniela, mora em Santos. Virginia é casada com o empresário Luiz Felipe Cornélio, com quem tem dois filhos, João Lucas Silva, 6 anos e Gabriel Silva 4 anos.

Depois da faculdade (Unoeste) estagiou em jornais, rádios e TV. Trabalhou na TV Fronteira, na Toledo Prudente e Senac. Em 2009 foi para o Canadá, estudar Marketing e inglês.

De volta a BH, focou nos filhos e consultorias de Comunicação e Marketing para empresas. Mas, este plano durou pouco tempo, pois recebeu um convite do Partido Novo para coordenar a Campanha de Comunicação da campanha majoritária de 2018, para governador do Estado e senador.

Depois foi para Brasília, trabalhar no Ministério do Turismo. Chefiou a Comunicação do Ministério, mas não deu conta de conciliar a distância dos filhos, pois vivia na ponte aérea. Então, voltou para BH, e foi trabalhar no Cruzeiro Esporte Clube. Entrou no Marketing e logo se tornou gerente de Comunicação Institucional. Do Cruzeiro, migrou para a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, cargo que ocupa hoje, assessora chefe de Comunicação da secretaria.

Quais as melhores lembranças que tem de Prudente?
São muitas. Vivi uma das melhores fases da vida em Presidente Prudente, a adolescência e fase adulta. Lembranças da época de rodeio, dos carnavais no Tênis Clube, junto da minha turma Farruche; da época da faculdade. Dos lanches das madrugadas; das viagens para o interior. Dos churrascos e festas na casa dos meus pais. Dos momentos que vivi com meus irmãos, todos juntos, na mesma casa, morando pertinho.

Como foi viver aqui? Gostou?
Foi muito bom. Fui muito feliz na cidade, fiz verdadeiras amizades, criei raízes. Hoje meu irmão e a família dele ainda residem em Prudente e meus melhores amigos também. A cidade acolheu muito bem a minha família, foram anos de muitas alegrias. A vida no interior, principalmente na fase da adolescência, é muito boa.

Hoje o que faz em Belo Horizonte?
Hoje sou assessora chefe de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Tenho também uma loja on-line, a Vivenda, que neste momento de pandemia está meio parada. É um projeto antigo que tenho, de garimpar produtos do meu estilo no Brasil e mundo afora e revender. São poucas peças, foco no feminino, com um estilo próprio. Além disso, sou mãe de dois meninos, neste momento um pouco professora [risos].

Como tem sido suas atividades em tempos de pandemia?
Minha vida nunca foi tão agitada como agora. Imagina coordenar uma secretaria de saúde neste momento? Agora imagina, ter que coordenar e gerenciar a comunicação de 853 municípios. É maravilhoso, um desafio incrível, mas é matar um leão por dia. Além da secretaria, coordeno as macrorregionais de saúde (são 28 no Estado), mais as vinculadas: Funed, Rede Fhemig, Escola de Saúde Pública e Hemominas. Minha equipe direta são cerca de 40 pessoas, fora as indiretas. Tenho os coordenadores de cada setor (imprensa, mídias sociais, publicidade, mobilização social e cerimonial – eventos – relações públicas e comunicação interna) mas, neste momento, muitos em teletrabalho, o que muda completamente a dinâmica dos trabalhos.

Como você e sua família tem lidado com a pandemia?
Olha Sinomar, não é fácil, imagino que para nenhuma família está sendo. Mas, já tem mais de três anos que faço reiki, meditação e massoterapia e todo esse trabalho me ajudou muito para enfrentar este momento. Sempre fui muito otimista, sempre tentei olhar o problema de cima e ver o que ele me trazia de aprendizado, mais do que deixa-lo me envolver pelo medo ou ansiedade. Claro que tem dias piores, momentos de angústia e insegurança. Mas, como minha rotina é tão agitada, quase não me sobra tempo de “sofrer”. Lá em casa, tenho uma babá que mora comigo tem quase quatro anos, é uma filha que tenho. Ela me dá muito apoio com as crianças, além é claro, do meu marido que por ser autônomo, consegue estar com os meninos. A parte da escola está bem complicada, mas, estamos ajustando, a escola tem sido bem parceira. Meus pais, o Cris e a família dele nos encontramos, mas, sempre tomando todos os cuidados. E meus irmãos que moram longe, muitas saudades.

Como tem sido sua rotina? Tem conseguido trabalhar normalmente?
Minha rotina é uma incógnita a cada manhã. Saio de casa bem cedo (trabalho todos os dias in loco – a Cidade Administrativa é longe da minha casa). Volto para casa por volta de 20h/21h. Já teve dia de eu chegar no trabalho e saber que viajaria para Juiz de Fora - foi um corre para alguém ir lá em casa buscar apenas uma muda de roupa. É imprensa me ligando 24 horas com deadlines apertados e perguntas muitas vezes desafiadoras; surtos que acontecem e temos que preparar a comunicação; é a Mídia Social com suas fake News que tomam proporções “agressivas”; é a ansiedade e o equilíbrio de ser a primeira a receber o Boletim Epidemiológico do Estado todas as manhãs e ter a responsabilidade de repassar a todos os mineiros – não existe mais acordar tarde aos finais de semana; é cuidar de uma coletiva de imprensa que acontece todos os dias, 12h30, faça chuva ou faça sol; é não dormir, pensando que no dia seguinte tem algo a comunicar e não sabe o resultado; é vibrar quando o número de óbitos e, se sobrar tempo, malhar um pouco. Mas posso afirmar que é maravilhosa, uma rotina que me dá a deliciosa sensação de fazer parte ativamente deste momento histórico do mundo.

Quais são seus planos para a retomada?
Sinceramente, ainda não os fiz. Tenho receio de quando isso vai acontecer. Prefiro pensar no hoje, no mais tardar amanhã, para não criar expectativas e me frustrar. Torço para que as coisas voltem logo ao normal, mesmo que seja o “novo normal”. O Brasil não é um país que consegue recuperar rápido de suas quedas e, em uma queda como esta, vai ser ainda mais complicado. Então, melhor eu nem pensar lá na frente [rsrsrs]

Deixe uma mensagem para os amigos prudentinos
Queria primeiro te agradecer por este convite. Foi delicioso responde-lo e relembrar de tudo que vivi em Prudente. Passou um filme na minha cabeça. Quero então te mandar um abraço bem apertado e desejar ainda mais sucesso. Ao meu irmão Daniel, Lu, Maria Vitória e Duda, que sinto uma saudade diária deles. Aos meus grandes amigos que fiz em todos os cantos da cidade e região, que os levo para sempre em meu coração. E, graças às redes sociais, hoje consigo me comunicar com vários deles e acompanhar um pouco da vida e da trajetória de cada um. Fiquem todos com Deus e se cuidem!

 

 

 

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