O início da domesticação animal pelo homem data de milênios. Existem indícios de que os cachorros foram um dos primeiros a serem domesticados e viverem com os humanos, provavelmente há mais de 40 mil anos, servindo inicialmente de sentinelas e auxiliando o homem nas caças.
Essa relação milenar acabou criando um vínculo especial entre as duas espécies. Um pesquisador do Japão descobriu que o simples olhar do cachorro para o homem desperta emoção em ambos numa mesma região do cérebro, que reagem de forma semelhante (isso não acontece com os outros animais). Essa emoção recíproca revela uma íntima conexão, que facilita a interação, o afeto e a comunicação entre eles.
Quem tem um pet sabe do especial momento que é recebido todos os dias quando chega em casa no final do dia, não tendo como nos tirar um sorriso e/ou palavras de afeto. O seu passeio diário fomenta caminhadas, que auxilia no combate ao sedentarismo. Além disso, a interação com os animais reduz o hormônio que provoca o stress, sendo um santo remédio para o coração (reduz em 11 % doenças do coração).
Para as crianças, os benefícios são maiores ainda. Estimula o seu desenvolvimento emocional, onde aprendem o dever de cuidado e a terem mais empatia. Por se tratar de animais, o contato diário acaba também fortalecendo o seu sistema imunológico. Aqui merece inclusive um pequeno registro, onde os pais devem ter uma atenção redobrada com os filhos, caso eles tenham comportamentos muito agressivos e desproporcionais contra os pets, podendo revelar algum sintoma psíquico que deve ser acompanhado por um profissional.
Comparado com o ser humano, os cachorros possuem 60 vezes o olfato e 30 vezes a audição. Portanto, até hoje, servem como excelentes sensores para a proteção da propriedade privada, bem como, instrumentos de investigação, onde são treinados por policiais para a localização de objetos ilícitos.
Os pets também geram empregos. No Brasil, temos mais de 140 milhões de animais de estimação, avançando para um dos primeiros do mundo em quantidade de pets (cães, gatos, aves, peixes e outros), gerando enorme impacto na economia, com movimentação de quase 0,5 % do PIB (Produto Interno Bruto). Esse crescimento se mostra inversamente proporcional com a redução de número de filhos por casal, fato que já vem acontecendo na Europa.
Não obstante os inúmeros benefícios, a adoção de um pet impõe o cumprimento de obrigações. Ao acolher um animal, nasce o nosso dever de cuidado com sua alimentação, saúde, condições de higiene e seu bem estar. A prática de maus tratos caracteriza um ilícito penal, devendo o indivíduo ser responsabilizado criminalmente pelos seus atos. Caso tenha conhecimento de alguém que pratique esse tipo de conduta, denuncie à polícia.
Diante do exposto, estamos convencidos que os inúmeros benefícios se sobrepõem às obrigações decorrentes da adoção de um pet. Contudo, essa conta é extremamente pessoal, que somente poderá ser calculada quando de fato tiverem um pet dentro de casa. Para os membros de minha família, o valor é inestimável. E aí, você adotaria um pet?
