Volta da dupla Sandy e Junior mobiliza fãs na região de PP

Apaixonados pelos irmãos não economizaram esforços para garantir presença em um dos shows da turnê “Nossa História”, que passa por diversas cidades do país

VARIEDADES - ANDRÉ ESTEVES

Data 14/05/2019
Horário 10:00
José Reis - Para Mariane Pracânica, sensação é a de "estar comprando um sonho"
José Reis - Para Mariane Pracânica, sensação é a de "estar comprando um sonho"

Quando a estudante de Direito, Beatriz Ferruzzi Rebes, 21 anos, contou ao seu chefe que viajará a Porto Alegre (RS) para assistir ao reencontro da dupla Sandy e Junior, ele chegou a dizer que a garota estava cometendo uma loucura. A jovem faz parte de um grupo de fãs da região de Presidente Prudente que não mediu esforços nem distâncias para a turnê “Nossa História”, com início a partir de julho. Ir a uma apresentação dos irmãos é um sonho de infância de Beatriz, que pensou que nunca o realizaria após a separação do duo em 2007. A estudante enfrentou filas online gigantes para conseguir ingresso em um dos shows previstos para São Paulo (SP), no entanto, sempre que chegava a sua vez, os lotes já estavam esgotados. A alternativa, portanto, foi finalizar a compra do convite no sul do país. “Ainda nem caiu a ficha que consegui. Não cheguei a pensar: ‘meu Deus, Porto Alegre é meio longe, não é?”, comenta.

A jovem não consegue se lembrar quando exatamente começou a sua paixão por Sandy e Junior. Sua mãe conta a ela que, desde pequena, a menina imitava a Sandy na sala de estar. Diferente de hoje em dia, em que os álbuns são disponibilizados imediatamente em plataformas como o Spotify, o pai de Beatriz precisava correr para as lojas de CDs sempre que um disco da dupla era lançado. “Lembro ainda que minha mãe gostava de manter meu cabelo curto. Um dia, falei que queria deixá-lo crescer para ficar igual ao da Sandy. Depois disso, não deixava ela cortar de jeito nenhum”, recorda.

Inesquecível em mim

De Santo Anastácio, o químico Antonio Sérgio Rocha Júnior, 34 anos, é outro que rebolou e não se deu por vencido. Ele conseguiu convite para um dos shows marcados para outubro em São Paulo. Esta será a segunda vez que prestigiará a dupla, mas agora já adulto. Na primeira ocasião, ele ainda era pequeno e precisou subir nos ombros do pai para assistir à apresentação no município, quando Sandy e Junior estreavam a música Maria Chiquinha. Antonio Sérgio se considera sortudo por ter sido criança na época em que a dupla foi criada, pois sente que teve acesso à “música de qualidade” no momento exato. “Eles sempre tiveram a preocupação de alcançar nosso público com letras divertidas, cantando sobre natureza, dando vida a super-heróis e falando de amor também”, expõe.

O químico rememora que ficou muito triste com a notícia de que os irmãos seguiriam carreiras individuais, mas achou compreensível, afinal, foi “um momento de amadurecimento natural”. “Mesmo sendo irmãos, as personalidades diferentes são evidentes. A Sandy deu vazão à sua carreira como uma brilhante cantora e compositora, enquanto o Junior mergulhou de cabeça nos instrumentos e nos estudos da música”, pondera.

Já com o ingresso garantido, o fã nunca esquecerá o desespero de tentar adquirir os primeiros convites. “Além de priorizarem uma bandeira de cartão que eu não utilizava, a abertura das filas online sem aviso prévio deixaram eu e mais milhares de fãs de queixo caído. Entrei às 23h40 e já eram 474 mil na fila!”, relata.

Olha o que amor te faz

A estudante de Jornalismo, Mariane Aparecida Pracânica, 28 anos, conseguiu ingresso para uma das primeiras datas em São Paulo e não contém as expectativas altas para um show onde acredita que certamente irá dançar e chorar muito. “Para a gente que é fã, é muito mais do que simplesmente ir a um show. A sensação que eu tenho é de estar comprando um sonho, de poder voltar ao passado e reviver momentos que ficaram lá atrás”, considera.

Sua paixão por Sandy e Junior começou aos oito anos. Desde então, tudo que saía sobre a dupla era rapidamente acrescentado à sua coleção, desde revistas, pôsteres e a cadernos até roupas de cama. “Eu não consigo nem definir uma música favorita, porque cada época da minha vida tem uma canção deles como tema. No entanto, a que mais balança meu coração é ‘Olha o que o amor me faz’. Ainda criança, já sofria ouvindo ela”, pontua.

 

 

Publicidade

Veja também