Ações contra pornografia infantil servem de alerta às famílias

EDITORIAL -

Data 25/09/2019
Horário 04:27

No decorrer dos anos, os tradicionais álbuns de fotos ficaram esquecidos nas gavetas. Com o advento da internet e sua constante evolução, os meios para armazenar os registros fotográficos ficaram mais práticos: basta abrir a galeria de fotos do celular e compartilhar as imagens nas redes sociais. Pronto! É só aguardar as curtidas e ter toda a vida exposta para milhares de pessoas (em grande maioria, internautas desconhecidos).

Da mesma forma em que uma mensagem circula os continentes em questão de segundos, a foto também pode cair nas mãos de pessoas maliciosas que compartilham o registro no mundo obscuro da plataforma. Apesar de todas as imagens estarem sujeitas a usos indevidos, chamam a atenção os registros feitos pelas famílias em momentos de lazer. Basta navegar por alguns instantes, que irá encontrar fotografia de um bebê na banheira ou do casal de irmãos brincando na piscina apenas com a roupa de banho.

A publicação é feita sem malícia, no entanto, é a porta de entrada para que as fotos sejam distribuídas como material pornográfico infantil. A fim de combater a distribuição desse tipo de material, as polícias Civil e Federal têm trabalhado constantemente para desmantelar grupos envolvidos na distribuição dos registros. Inclusive, com repercussão em Presidente Prudente, como noticiado na edição de hoje deste diário. O fato não é recente, assim como já mostrado pelas três fases da operação Luz na Infância que, na região, já deteve ao menos três homens.

Muitos dos envolvidos podem parecer indefesos pessoalmente, porém, escondem as verdadeiras faces por detrás das telas dos computadores, meio utilizado para satisfazer os prazeres com fotos de crianças e adolescentes. Além da plataforma “restrita” a esses grupos, eles também se encontram em comentários de vídeos infantis no Youtube. Mesmo que os registros não sejam de conotação sexual, o espaço é acessado por adultos que sexualizam o conteúdo para instruir crianças em práticas sexuais, por exemplo.

Diante dessas e outras ações, fica o alerta de que a internet é muito mais ampla do que se imagina. É importante que as famílias estejam atentas quanto ao que é publicado nas redes sociais, uma vez que as crianças podem estar sendo vítimas dos pedófilos sem ao menos terem ciência disso.

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