De menina ou de menino?

Papai Educa

COLUNA - Papai Educa

Data 26/03/2018
Horário 09:02
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

O assunto é sempre cheio de dúvidas e polêmico quando envolve a necessidade da quebra de estereótipos relacionados ao gênero. Menino pode brincar de casinha e menina de carrinho? Quando crescerem, homens podem se tornar chefs e mulheres caminhoneiras? Refletir sobre esta questão é uma necessidade no âmbito familiar, com vistas à ruptura de antigos preconceitos. Muitas das escolhas dos pais na oferta do brinquedo ou na inibição de contato com ele se dão de forma involuntária, por conta de aspectos culturais e falta de informação. Ah, os tabus…

Cozinhar é um dos meus hobbies preferidos. Eu me aventuro e muitos pratos dão certo! Gosto de prepará-los à família e amigos. Aprendi acompanhando minha mãe na cozinha. Cômodo bom para interagir, integrar, alegrar, alimentar... Meu primogênito, aos 5 anos, também quer participar em casa algumas vezes. E acolhemos prazerosamente esta experiência, seja na cozinha real ou na de brinquedo. Os pequenos tendem a reproduzir o que veem no dia a dia, na prática, no ambiente familiar… E, por lá, fogão é lugar de homem e mulher.

 

Sem gênero

Na cor azul, com pia, geladeira com dispenser para água, forninho e micro-ondas, a Le Grand Chef Junior, da Calesita Brinquedos, tem caráter educativo e possibilita atividades em conjunto. Quem, quando criança, nunca sonhou em ser igual ao papai e fazer as mesmas coisas que ele? O super-herói diariamente se transforma em chef de cozinha, motorista, bombeiro, mecânico, jardineiro, entre muitos outros e, desta forma, inspira os pequenos para a vida adulta. Mas, enquanto eles não crescem, também é possível executar as mesmas funções dos pais de uma forma bastante divertida: através da brincadeira.

 

Importância do brincar

Ao comentar sobre a importância da brincadeira, a psicopedagoga, especialista em educação especial e em gestão escolar, Ana Regina Caminha Braga, reforça que a criança precisa criar, experimentar, ousar, tentar, estar inserida nas mais diversas situações-problemas, por meio do contato que estabelece com outras crianças, com o adulto, com objetos e com o meio. A brincadeira não é o brinquedo, o objeto, a técnica, mas o conjunto de estratégias e habilidades que possibilitam a criança ter experiências que revelam o mundo e a preparam para o futuro. “Enquanto brincam, as crianças exercem determinadas funções sociais, pois, no interior de uma brincadeira ela acaba distinguindo vários tipos de reação grupal estimando as consequências agradáveis ou desagradáveis que eles acarretam”, explica a psicopedagoga.

 

Repercutiu

O artigo “Escolhi não bater” repercutiu na internet na última semana. Diversos pais se posicionaram pró e contra a palmada. O debate se faz extremamente imprescindível para que haja construção de novos pensamentos acerca do uso da agressão física para educar os filhos. A maioria ainda se baseia e justifica conceitos baseados em “meu avô”, “meu pai”, “eu apanhei e estou vivo”... Quem não apanhou também está! Cercados de informações, somos levados a refletir sobre as condutas no processo de educação das crianças. Insisto: não bata!

 

Dica de leitura

Lançamento da Editora Ciranda Cultural, a Coleção Mordisco, com dois títulos, é sensacional. De alta qualidade, tridimensionais e com práticas lúdicas, “O monstro do livro” e “O guia dos dinossauros” são sugestões para interação dos pais e filhos. As obras são capazes de agradar pessoas de todas as idades por conta da interação que ocorre em vários níveis. Cheios de recursos, com colagens e recortes, despertam o interesse dos pequenos pela leitura. As produções são de Emma Yarlett, uma das mais promissoras e produtivas autoras do universo da literatura infantil britânica da atualidade.

 

Personagem principal

Mordisco é um monstrinho que se move em um ritmo acelerado, o que obriga o leitor a virar as páginas para segui-lo. Em “O monstro de livro”, ele invade clássicos da literatura mundial, como “Cachinhos dourados e os três ursos”, “Chapeuzinho vermelho”, “João e o pé de feijão” e “Rapunzel”. Já no livro “O guia dos dinossauros”, o monstrinho provoca uma verdadeira bagunça no mundo jurássico, entrando em florestas misteriosas e interagindo com as mais belas criaturas da era mesozoica. A indicação de faixa etária para leitura é a partir de 4 anos.

 

Jornal O Imparcial

Mordisco - O monstro de livro

Autor: Emma Yarlett

Editora: Ciranda Cultural

Páginas: 32

Preço: R$ 44,90

Foto: Divulgação

 

Jornal O Imparcial

Mordisco - O guia dos dinossauros

Autor: Emma Yarlett

Editora: Ciranda Cultural

Páginas: 32

Preço: R$ 44,90

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