Esporte e seus gestores

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 15/05/2019
Horário 04:09

O esporte é um dos pilares relevante da nossa educação, e esperamos que muitos não tenham essa dúvida. Tanto que, as disciplinas escolares têm suas peculiariedades de aplicabilidade de acordo com as fases de cada ano e, sem sombra de nossa modéstia, que a educação física não é ínfima dessa construção do saber. Mas, como estimular nossos representantes e gestores do esporte a buscarem alternativas de complementação e que possam contribuir com as redes escolares? Como unir todos os órgãos, sendo eles públicos ou privados, com um único patamar de se fazer entender, da importância de se criar nas ações práticas e aplicáveis da educação física extensão de horários e com resultados pertinentes a sua existência?

Temos hoje, e de maneira muito tímida, uma representatividade do esporte nas escolas através da educação física, o que verdadeiramente o estimulo é pequeno e sua sedução as crianças e adolescentes continuam distante, devido a sua manutenção de tempo existente. Poderíamos ter uma clientela mais participativa. Mais buscadoras de suas escolhas nas atividades esportivas, caso os incentivos e carga horária tivesse uma maior representatividade na vida dessas crianças e adolescentes. Há todo momento estamos ouvindo e querendo que haja mudanças de comportamentos e atitudes de nossas crianças e adolescentes, mas ainda continuamos na inércia de que essas transformações não surtem o efeito tão esperado. Não somente na busca de fazer de nossos jovens futuros atletas, e que possa representar o nosso país. Isso na verdade é uma consequência natural, caso as oportunidades estejam interligadas ao que, realmente podemos esperar de quem que faça a sua escolha.

Já algum tempo estamos na contra mão do sistema de saúde e qualidade de vida de nossas crianças e adolescentes, onde o índice de inatividade e obesidade só cresce. É possível que através de regras simples, mas direcionada de um sistema governamental, vinculado de um projeto de lei forte, de validade permanente, incutida em rede nacional a ser seguido e acompanhado por todo órgão que se incumbi de ser peculiar em educação e esporte. Isso é vida, isso é saúde, isso é crescimento, isso é buscar colocar o país em desenvolvimento, mesmo começando por algum protótipo de algum município. Há necessidade urgente de se rever, se esses valores do esporte estão condizentes com a nossa realidade diária, principalmente em se tratando de dar um tempo maior das crianças e adolescentes em vivências práticas, de qualquer que seja a modalidade. 

O que estão fazendo os nossos representantes?  Que infelizmente até o presente momento todos apáticos, na espera de quê o milagre aconteça. Que apareçam as ofertas, pois já temos a clientela. Uma clientela não muito distante de nossas escolas, praças, clubes, centros de lazer, sindicatos, mas que seja feita alguma coisa em prol dessa demanda que muitas vezes fica a mercê do ocaso. Talvez, e muitos ainda não sabe, mas hoje o ex-atleta de vôlei de praia, Emanuel Rego, está no comando da Secretaria Nacional de Alto Rendimento do governo federal, e com certeza deva ter alternativas de algum projeto que possa mobilizar as nossas crianças e adolescentes, principalmente dentro das escolas. Será? Quem sabe, algum representante de nossa cidade o convide.

É notório que, desde então na observância desses gestores do esporte, preferencialmente, acreditando em suas estratégias de que poderiam agregar suas experiências num ambiente totalmente coorporativo, já algum tempo não sentimos essa evolução. De maneira singular, quando grande parte de atletas desconhecidos surgem de pequenos municípios, podendo ter uma dimensão de sua capacidade quando chegam ao status de alto nível, conquistando seu espaço em competições internacionais, é de se esperar que seus resultados tenham sua validade de reconhecimento. O nosso Brasil precisa e vem querendo isso já algum tempo. E a base de possíveis resultados promissores no esporte, sempre virá de alguma instituição escolar, quando se leva a sério a importância do trabalho dos profissionais de educação física.

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