Festival Paralímpico promove inclusão de deficientes

Esportes - THIAGO MORELLO

Data 22/09/2019
Horário 07:30
José Reis - Atletismo adaptado, basquete sobre rodas e parabadminton foram as atividades aplicadas
José Reis - Atletismo adaptado, basquete sobre rodas e parabadminton foram as atividades aplicadas

Nomes como Leonardo Mello e Jerusa Géber dos Santos, do atletismo, e Rogério Xavier, do badminton. O que eles têm em comum? Para quem acompanha o esporte regional, estes atletas representam Presidente Prudente em competições paralímpicas afora. Mas ontem, eles tiraram uma folga das competições - mas não do esporte - e estiveram presentes no Festival de Atleta Paralímpico, realizado no PUM (Parque de Uso Múltiplo). O local reuniu cerca de 120 crianças, adolescentes e adultos, com o intuito de promover e fomentar a prática esportiva entre as pessoas com deficiência.

E assim eles foram reunidos, para praticar atletismo adaptado, basquete sobre rodas e parabadminton. Pelo menos essas foram as atividades elencadas. E no local, o que não faltou foi a animação de quem se aventurou e compareceu por lá. Como o Durval Ricci Junior, 43 anos. Ao lado do Rogério, pouco a pouco ele foi aprendendo os movimentos do esporte e reproduzindo.

Psicólogo, ele conta que essa relação com o atleta começou lá traz, como especialista e paciente. Mas ontem, eles trocaram de papeis. Como aluno e professor, a prática foi ensinada. “É bom, pelo menos uma vez, passar por esse momento, ver e sentir na pele o que ele sente dentro de quadra”, completa. Durval não esconde que no dia a dia ele está “bem longe” das atividades físicas, mas pra quem já praticou tênis e bicicleta, “essa é uma oportunidade de aquecer e voltar a treinar”.

Assim como ele, Bruno Santos, 17 anos, que se movimenta com o auxílio de cadeira de rodas, saiu cedo de casa e foi colocar a mão na massa. Ou melhor, na raquete de badminton. Às margens da quadra, era possível vê-lo pra lá e pra cá em meio à quadra, sem deixar de se movimentar por nenhum momento. “É gostoso de sentir interagido, incluso e praticando esporte”, comenta.

Aliás, esse é o mote de todo o festival, idealizado pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) simultaneamente em 78 cidades de todos os Estados brasileiros. E reforçando, a coordenadora municipal da Pessoa com Deficiência de Prudente, Eliane Ferrari Chagas, logo nos momentos iniciais da ação, ela já afirma que o dever foi cumprido: tirar as crianças, jovens e adultos de casa e colocá-los para se movimentar. “Tem que sair de casa, aprender, praticar e promover a inclusão”, pontua.

E por falar em inclusão novamente, uma palavra complementar foi utilizada pelo secretário de Esporte, Claudinei Quirino: igualdade. “Hoje [ontem], a importância de promover um evento como esse é mostrar que todos somos iguais. Não existe essa de pessoas com deficiência ou não, existem pessoas. E elas têm de conviver junto e em harmonia. O esporte é para todos, então, Prudente abraçou essa causa e é assim que tem que ser”, finaliza.

 

Fotos: José Reis

Durval é psicólogo e, aos poucos, foi aprendendo os movimentos do badminton e reproduzindo

Eliane: "Ideia foi tirar as crianças, jovens e adultos de casa e colocá-los para se movimentar"

 

 

 

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