Durante os dois meses de quarentena decretada no Estado, equipes do Procon-SP fiscalizaram mais de 3,5 mil estabelecimentos comerciais para combater o aumento injustificado de preços. Desse total de farmácias, supermercados, hipermercados e outros locais, 89% (3.140) foram notificados a apresentar notas fiscais para verificação da prática abusiva.
Os fornecedores que estiverem praticando preços abusivos serão multados; até o momento, mais de 3 milhões em multas foram aplicadas. A elevação de preços de itens essenciais, como alimentos, álcool em gel, botijão de gás e máscaras de proteção, é prejudicial à população e é dever legal do Estado interferir.
As ações das equipes são norteadas também pelas denúncias recebidas nas redes sociais do Procon-SP, que registraram até 26 de maio quase 6 mil relatos de consumidores com problemas relacionados à Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus), entre problemas com preços e outros assuntos.
ATENDIMENTOS
O total de atendimentos de consumidores com problemas relacionados à enfermidade, até terça-feira, soma mais de 16 mil casos, incluindo as denúncias nas redes sociais (5.755), consultas de assuntos em geral (3.883) e reclamações (6.502).
Entre os consumidores que registraram reclamação, buscando a ajuda do órgão para intermediar uma solução junto ao fornecedor, agências de viagens (52% do total das reclamações) e companhias aéreas (25%) são os setores mais questionados.
Desde março, o Procon de São Paulo disponibiliza em seu aplicativo um botão específico para o consumidor registrar reclamações sobre problemas relacionados ao coronavírus, tais como dificuldades para cancelar viagens, abusividade de preço e falta de produtos.