Segundo o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Itamar Alves de Oliveira Jr., a indústria é sempre muito importante em qualquer país, em qualquer região. E em Presidente Prudente não é diferente. E recorda o que ocorreu com a falta de produtos industrializados na pandemia. “A indústria é o ramo da economia que paga os melhores salários. A gente pode observar: onde existe uma indústria forte, existe uma economia forte. Existe a perspectiva de um boom econômico na nossa região nos próximos 10 anos com o programa de regularização fundiária que está ocorrendo”, destaca Itamar, complementando que é então de total importância que se continue incentivando as indústrias a virem para a região.
Ele acredita, principalmente agora, que com este momento de regularização fundiária, chegará mais lavouras e plantações à região, consequentemente haverá produtos e a agroindústria virá junto. “Temos uma grande vantagem com relação a outras localidades, que é uma indústria diversificada, como de eletrônica, alimentícia, nutrição animal, bebidas, agroindústria, como açúcar, álcool. Ou seja, bem diversificada. Mas o que prepondera em nossa região é a agroindústria”, frisa o presidente da entidade que completa nesta segunda-feira 70 anos de atividades no município e, desde sua instituição, em 1953, abraçou diversas demandas do setor, prestando hoje assistência a 1.790 indústrias distribuídas entre 65 cidades que compõem a sua jurisdição nesta parte do território paulista.
Como Itamar disse, tendo uma indústria diversificada, isso é um grande ponto forte, e se houver uma grande crise em determinado segmento, a região inteira não sofre com esse momento. Agora, gargalos, o que falta na região, segundo Itamar, diferente de outras regiões do Estado, é infraestrutura, visto a algumas carências, como a falta de ferrovia.
“Por outro lado, quando comparado a outros Estados, a nossa infraestrutura é melhor, mas internamente deixa a desejar. Mas acredito que também é uma questão de tempo para isso melhorar com a chegada dessa regularização fundiária e, consequentemente, uma melhoria da economia industrial, comercial, e de serviço em geral”, pontua.
Itamar diz que como sempre, Prudente e região são carentes, principalmente, de incentivos na parte de colocação de distritos industriais. Particularmente, ele destaca que Prudente é “muito fraca” nesse segmento, e não é de agora, mas de longa data. “Desde o primeiro mandato do Paulo Constantino, praticamente, nós não tivemos novos distritos industriais. Agora, também temos uma dificuldade de como o município é localizado”. Segundo ele, geralmente, os distritos industriais devem ficar à beira de rodovias. E a área de rodovia da cidade, no caso a Raposo Tavares (SP-270), é bem curta.
“Então, precisaria criar uma infraestrutura para a instalação de novos distritos industriais. É o que vejo que falta na região. Não temos grandes distritos industriais, o que dificulta, muitas vezes, a vinda de empresas e, também, incentivos. Deixo aqui uma palavra de otimismo. Acredito, como já disse, que com a regularização fundiária, nossa região tem uma possibilidade de dar um salto grande na economia e em todos os setores, não só na indústria, como no comércio e nos serviços”, reforça o diretor regional do Ciesp.
Foto: Cedida
Itamar Jr. acredita que o processo de regularização fundiária trará inúmeras melhorias à região
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