Agronegócio é o pilar de desenvolvimento de Prudente

No 106º aniversário da cidade, representantes falam dos quatro setores que atuam: agropecuária, indústria, comércio e serviços, que movimentam a economia

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 14/09/2023
Horário 04:12
Foto: Reprodução/Site Cati
João Menezes, da Cati, lista agricultura e pecuária como grandes geradores de emprego e renda
João Menezes, da Cati, lista agricultura e pecuária como grandes geradores de emprego e renda

Nesta edição deste 14 de setembro, O Imparcial parabeniza Presidente Prudente, o município que é considerado o coração do oeste paulista, pelo seu 106º aniversário. E preparou um material especial sobre os quatro setores que movimentam a economia da cidade, sendo eles: agropecuária, indústria, comércio e serviços. “A principal atividade econômica é o agronegócio. A agricultura e a pecuária são os que mais empregam e geram renda. O pilar de desenvolvimento da nossa região sempre foi o agro, com empresas como frigoríficos, curtumes as indústrias que beneficiaram o algodão, soja, e cooperativa de laticínios. Então, a nossa localidade sempre teve um grande desenvolvimento nesse segmento”, enfatiza o engenheiro agrônomo João Menezes de Souza Neto, da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) Regional de Presidente Prudente. 

Conforme o engenheiro, principalmente nas pequenas cidades, a maioria das pessoas está ligada direta ou indiretamente à atividade agropecuária. “Prudente já é um centro maior, tem serviços, é um centro médico, possui indústrias, mas ainda assim, o que mais movimenta a economia de toda a região é o agronegócio”, pontua o especialista.

Potencial do segmento

João Menezes acentua que a região de Presidente Prudente tem tradição, disponibilidade de terras e terras baratas, conhecimento, universidades, escolas como a Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo), a Etec (Escola Técnica Estadual), Centro de Pesquisa como a Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), a própria Cati e o Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), que prestam serviços aos agricultores.

“Ou seja, a região tem aptidão agropecuária, com potencial muito grande e é a região de terra mais barata do Estado de São Paulo, com grande perspectiva de desenvolvimento, pois já somos um polo produtor de sementes forrageiras, nutrição animal, grandes confinamentos”, acentua João Menezes. 

O engenheiro diz que um dos gargalos que tinha era a questão da regularização das terras, que agora, com a lei de regularização, está sendo resolvida. Conforme ele, provavelmente a região de Prudente se tornará um grande polo de desenvolvimento agropecuário, com o aumento das culturas de soja, milho, amendoim, algodão, mandioca e a própria cana. “Além de a pecuária da região ter se intensificado muito e aumentado a produtividade. Outro potencial enorme é o de agricultura e pecuária irrigadas, com o aumento do número de pivôs na região”, exalta.

Para alavancar o segmento

Para João Menezes precisa incentivo, desburocratização das outorgas e pendências ambientais, facilidade de linhas de crédito, energia facilitada, barata e financiada para as propriedades que têm projetos de irrigação, linhas de crédito para irrigação, para integração lavoura/pecuária/floresta, para confinamentos. “Incentivo para os produtores de outras regiões virem para cá, uma bolsa de arrendamento dinâmica para colocar em contato aquelas pessoas que têm vontade de produzir com as que têm disponibilidade de terras”, destaca. 

O engenheiro acentua que as prefeituras precisam melhorar ainda mais as estradas rurais ou o Programa Melhor Caminho para resolver os gargalos de logística. “Mas o potencial é muito grande, porque a região é muito próxima dos grandes centros consumidores e portos de exportações e já tem infraestrutura pronta e cidades de bom IDH [Índice de Desenvolvimento Humano]”, denota.

Próximos anos

Os prognósticos, segundo o profissional, são muito bons para os próximos anos. E já tem acontecido muita coisa boa, com o aumento da área de agricultura, recuperação das pastagens degradadas, aumento das áreas de integração lavoura/pecuária/floresta. A expansão agropecuária é uma realidade, conforme ele, uma vez que, na região há tecnologia disponível, terras baratas e em grande quantidade, e há área onde a agricultura tem aumentado, com a chegada de empresas e cooperativas à região, sem diminuição do rebanho bovino, que pode aumentar através da intensificação das pastagens, da suplementação, dos confinamentos e aumento de produtividade. 

“A região é um polo de produção, com enorme potencial tanto para a agricultura quanto para a pecuária. Temos oportunidade de crescer com a expansão da agropecuária aumentando, gerando emprego, desenvolvimento e renda para nossa região”, explana o engenheiro da Cati, João Menezes.

Foto: Cedida


Engenheiro agrônomo da Cati, João Menezes de Souza Neto

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