Fazer críticas à indústria cinematográfica não é algo inovador, mas o que a diretora Coralie Fargeat faz é algo que nem o maior revolucionário poderia prever!
Na trama, vemos Elisabeth Sparkle, renomada por um programa de aeróbica, que enfrenta um golpe devastador quando seu chefe a demite. Em meio ao seu desespero, um laboratório lhe oferece uma substância que promete transformá-la em uma versão aprimorada. E é exatamente aí, que tudo sai do controle!
A premissa de rejuvenescer nesta obra mostra de maneira grotesca a obsessão interminável da sociedade em busca de jovialidade e beleza. A narrativa se torna um alerta sobre os limites físicos e emocionais que as pessoas cruzam para alcançar padrões de beleza impossíveis, refletindo a pressão sobre as mulheres mais velhas na mídia.
Demi Moore e Margaret Qualley estão magníficas, intensas e magnéticas. Uma completa a outra nesse caos e não se poupam em mostrar o seu "animal" interior para conseguir o que querem!
Para todos esses lados aparecerem bem, Demi Moore abandona qualquer vaidade e entrega uma atuação vital para o filme. Enquanto o roteiro não é sempre tão claro sobre as intenções de Elizabeth, Moore compensa com uma atuação emocionalmente carregada, que vai do abatimento à explosão, exibindo a dor de uma mulher cuja identidade foi definida por sua aparência, e que agora se vê sem um propósito de vida.
Mas como a indústria critica e nunca aprende, tivemos um momento bem "A Substância" no Oscar, quando Mikey Madison, uma atriz novata que recém chegou aos filmes, levou a estatueta por "Anora", o que gerou uma onda de questionamentos e comparações, já que veteranas como Moore e Fernanda Torres não alcançaram este feito. O longa está disponível no catálogo da HBO Max!
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