"Casei-me com um morto"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 25/04/2023
Horário 07:05

As décadas de 1940 e 1950 foram prodigiosas em filmes policiais com estética noir (fotografia em preto e branco, tramas misteriosas, mulheres fatais, imagens em sombras entre outras características). O filme “Casei-me com um Morto” (“No Man of Her Own”) de 1950, dirigido por Mitchell Leisen traz uma trama, à época original, e posteriormente muito imitada. Na trama, Helen Ferguson (Barbara Stanwyck, excelente como sempre) faz uma grávida abandonada pelo namorado, sem dinheiro que resolve voltar para sua cidade natal. Numa viagem de trem, ela conhece um jovem casal que viaja para que a moça seja apresentada à família rica do rapaz. Durante o trajeto, um grave acidente no trem mata o casal e possibilita que Helen assuma o lugar da morta Patricia perante a família. Mimada e protegida pelos abastados pais do rapaz, ela se envolve com o suposto cunhado (John Lund), mas o passado bate à sua porta na forma do ex-namorado que a abandonou, agora disposto a chantageá-la. Esta trama foi a espinha dorsal da novela “Plumas e Paetês” em 1980 (com o acidente de trem sendo substituído por um desastre de automóvel, com Elizabeth Savalla, Cláudio Marzo e José Wilker nos papeis centrais). 
    
“Os 4 pilares do envelhecimento ativo” 
O que significa envelhecer bem? Viver bastante sem aparentar a idade? Envelhecer sem doenças? Envelhecer com saúde plena? Hoje a Organização Mundial de Saúde estabelece que o bom envelhecimento é aquele considerado ativo. Um envelhecimento ativo não se refere apenas à capacidade de movimentar-se e executar as suas funções da vida, e sim depende de um apanhado de fatores relacionados. Quatro grandes pilares são responsáveis na obtenção de um envelhecimento ativo: 1) Saúde (bem estar biopsicossocial); 2) Participação (social - cidadania, cultural, religiosa); 3) Segurança/Proteção (pública, institucional e familiar); 4) Aprendizagem ao longo da vida (aprendizado formal ou informal). Tais pilares estão interligados e inter-relacionados e se autointerferem. O envelhecimento ativo não se refere, portanto apenas à saúde, ou à capacidade de fazer atividades físicas, ou à participação no mercado de trabalho. Ser ativo também significa ter engajamento significativo na vida social, cultural, espiritual e familiar, bem como no voluntariado e em causas sociais. Esta concepção de atividade se estende a todos os idosos, mesmo àqueles fragilizados, que necessitam de cuidados e não apenas a idosos independentes. Por isto, esta definição de envelhecimento ativo não pode ser uma forma única, de receita de bolo pronta para todos, e sim, individualizada, de acordo com as possibilidades e potencialidades de cada idoso. Esta visão de atividade leva a uma necessidade: a contemporaneidade de comportamentos. A busca por novos conhecimentos, adaptações, tecnologias, e o aprendizado constante, permite o idoso permanecer antenado com a sociedade, bem como poder fazer escolhas e se adaptar frente aos seus limites. E uma grande constatação em busca do envelhecimento ativo: é respeitar seus limites e gostos, e ter o simples direito ao ócio e a utilização do tempo como achar melhor para si próprio.

Dica da Semana

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“Narciso em Férias”: 
Globoplay. Documentário dirigido por Renato Terra com depoimentos de Caetano Veloso sobre o seu período de prisão na ditadura militar. Preso em dezembro de 1968, ele passou 54 dias na prisão, e relembra os dias que passou na solitária, as canções que marcaram seu exílio e os episódios vividos com seu amigo Gilberto Gil. 
 

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