O Pint of Science, maior festival de divulgação científica do mundo, ganha um tempero musical em sua edição de 2025 em Presidente Prudente. Realizado pela FCT Unesp nos dias 20 e 21 de maio, às 19h, na Fábrica Gastrobar, o evento traz discussões científicas em um ambiente descontraído, acompanhadas por apresentações musicais. Histórias de amizade, reencontros e paixão pela música se misturam à ciência — com destaque para a banda Solária, que sobe ao palco na segunda noite.
Formada por Vinícius Trombini (voz, violão e eventualmente guitarra), Leonardo Trugillo (baixo) e Mateus Gonçalves (bateria e vocais), a banda fará sua estreia no festival com um repertório cheio de energia e brasilidade. A proposta? Levar o rock nacional para perto do público em um evento que faz um brinde à ciência.
"Depende do show, mas geralmente fico mais no violão", explica Vinícius, que também assume os vocais. Sobre o que cada integrante traz para o grupo, ele diz que a química vem da amizade e da trajetória compartilhada. “O Mateus já tocava comigo em outras bandas, é um baterista profissional, toca com bastante gente. E eu e o Leonardo somos amigos de muitos anos, apesar de nunca termos tido uma banda antes”.
A ideia de montar a Solária surgiu de uma vontade antiga dos três amigos que ainda não tinham tocado juntos. A ideia só foi se concretizar em meio à pandemia. “Começamos a falar de montar uma banda em 2020, 2021. A pandemia segurou tudo. Minha filha nasceu nesse período, todo mundo trabalhando muito, então só conseguimos tocar mesmo no ano passado”, lembra Vinícius.
Apesar das influências diversas (Mateus é do metal, Leo gosta de metal clássico e Vinícius tende mais ao pop rock dos anos 80), o foco da banda é claro: rock nacional animado, para cantar junto. “A gente percebe que o público, principalmente quem vai a bares e festas, acaba se identificando mais com as músicas nacionais, para cantar junto e a gente preferiu focar nesse sentido”, explica.
No repertório da Solária, nomes como Skank, Jota Quest, Charlie Brown Jr., Legião Urbana e outras bandas nacionais fazem parte da playlist. “Nosso som não é nem muito pesado, nem muito lento. É mais pra cima, pra galera curtir mesmo. No Pint, como é um evento diferente, a gente vai tentar mesclar mais, mas a essência continua a mesma”.
Histórico
O nome Solária também tem história: “É de uma banda antiga minha, de quando eu estudava aqui por volta de 2012. Tocamos em festas, em chácaras. Queria um nome alegre, solar. Quando montamos a nova banda, pensei em aproveitar o nome. O pessoal curtiu e ficou”.
A relação com a universidade é antiga. Vinícius entrou no curso de Física na FCT, embora não tenha concluído, e tocava com frequência em eventos acadêmicos. Hoje atua como assistente de suporte acadêmico, na Staepe (Seção Técnica de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão), com foco nas atividades audiovisuais. “Já toquei na Semana da Física, em eventos da Química… É muito legal estar retornando depois de quase 15 anos que entrei aqui. É quase como voltar aquela época, embora com outra mentalidade, com outras funções”, brinca.
Para Vinícius, unir ciência e arte em um mesmo evento é essencial. “A ciência tem que ser isso, ela tem que ser mais acessível para o público, tem que ser interessante. Ela não pode ser uma coisa fechada dentro de um laboratório feito só por pesquisadores. Os pesquisadores têm as suas funções, mas eu acho que o público tem que ter um incentivo para querer discutir ciência também, mesmo sem fazer parte dela”, finaliza.