“Cheiro do Mar”: Zilvan a Praiana mostra som do reggae em Prudente

Com voz e violão, cantor conduz o público por sonoridades que reverberam influências de nomes como Armandinho, Natiruts e Maskavo; show ocorre às 16h de hoje, no Sesc

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 03/05/2025
Horário 06:03
Foto: Lucas Abdala
Nascido em Prudente, Zilvan Laurindo tem raízes nordestinas e uma trajetória sólida como multi-instrumentista
Nascido em Prudente, Zilvan Laurindo tem raízes nordestinas e uma trajetória sólida como multi-instrumentista

Zilvan a Praiana é aquele artista que chega com sorriso largo, boa energia e carisma contagiante. De voz mansa e presença generosa, ele conquista pela simplicidade e pela musicalidade genuína que leva onde quer que passe. É desses nomes que parecem já fazer parte da nossa história musical, mesmo quando estão apenas começando a contar a própria.

Nascido em Presidente Prudente, Zilvan Laurindo tem raízes nordestinas e uma trajetória sólida como multi-instrumentista, educador musical e integrante de diversos grupos da região. Agora, ele se reinventa como cantor e compositor, lançando o EP "Cheiro do Mar", um trabalho autoral com faixas que mergulham no reggae nacional com alma, identidade e leveza.

“O sentimento é um misto de ansiedade, felicidade e frio na barriga, porém a satisfação de expor meus sentimentos em forma de música é uma realização total”, conta o artista. E essa realização ganha o palconeste sábado, às 16h, no Sesc Thermas de Presidente Prudente, como parte da programação do projeto Múltiplos Sons — um espaço que tem valorizado também a música autoral, diversa e plural do interior.

No show “Cheiro do Mar”, Zilvan mergulha de corpo e alma no reggae brasileiro, reverberando influências de nomes como Natiruts, Armandinho, Maskavo e Planta & Raiz — mas sem deixar de lado sua própria essência. É o reggae de um artista do interior paulista, que canta o mar com saudade mesmo sem tê-lo à janela. Um som que nasce longe da praia, mas que evapora como maresia, chegando suave e quente aos corações.

“COM CERTEZA IRÃO ENCONTRAR MUITO SENTIMENTO BOM EM FORMA DE REGGAE, COM LETRAS DANÇANTES E APAIXONANTES QUE VÃO GRUDAR NA CABEÇA, SEM CONTAR A ENERGIA E A VONTADE DE ESTAR LÁ NO MAR”
Zilvan a Praiana

“Minhas músicas eu acredito que levam os ouvintes a relembrar a sensação de estar com os pés na areia e apreciando o infinito de água salgada, mesmo estando tão longe do mar. E ainda fica a sensação e a obrigação de no próximo feriadão enfrentar a estrada pra ter o privilégio de pôr os pés na areia”, diz Zilvan, ao explicar a força simbólica de suas canções.

Repertório

O repertório do show traz faixas que falam de amor, reconexão, natureza e autoconhecimento. Canções que abraçam, elevam e fazem dançar, com letras que apontam caminhos e melodias que ficam na mente. A musicalidade é orgânica e plural, com arranjos que equilibram o groove do baixo, a pulsação da bateria, o suingue da percussão e o brilho das guitarras e metais — trompete, trombone e sax que sopram como ventos tropicais no entardecer.

Zilvan sobe ao palco com um time de músicos que somam talento e sintonia: Daniel Lemes (guitarra), Kaio Araujo (baixo), Diego Santos (bateria), Thiago Lima (percussão), Valdir Jack (trompete e sax) e Fabiano Cabeça (trombone), além dele próprio na voz, guitarra e violão — onde tudo começa e tudo vibra.

“Com certeza irão encontrar muito sentimento bom em forma de reggae, com letras dançantes e apaixonantes que vão grudar na cabeça, sem contar a energia e a vontade de estar lá no mar”, antecipa o artista, com a mesma leveza que embala suas composições.

Zilvan a Praiana é um sopro de verdade em tempos apressados. Seu som é feito de encontros, de amizades que atravessam palcos e esquinas, e de uma humildade rara, dessas que não se anunciam, mas se sentem no jeito de estar. É o tipo de artista que não precisa de holofote para brilhar, porque carrega luz própria — e espalha.

“Cheiro do Mar” é mais do que um show. É um respiro, uma lembrança boa, uma onda mansa quebrando dentro da gente. E, talvez, tudo que a cena do reggae nacional precisa: um nome novo, verdadeiro e querido, que une e aquece.

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