"Doutor Jivago"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 28/03/2023
Horário 07:40

Um dos grandes sucessos do cinema de todos os tempos foi o clássico “Dr. Jivago” (“Doctor Zhivago”) dirigido pelo cineasta inglês, David Lean, em 1965. A Revolução Russa de 1917 serve como pano de fundo e cenário para o amor entre o médico aristocrata Yuri Jivago (Omar Shariff) e a enfermeira plebeia Lara (Julie Christie). Durante a Revolução Bolchevique, Jivago e Lara trabalham juntos no atendimento aos feridos. Ambos estão casados com outros parceiros e sofrem os horrores da guerra em lados opostos na luta entre os revolucionários e os apoiadores do czarismo. Belas imagens e puro romance em meio ao conflito ao som da belíssima “Tema de Lara” de Maurice Jarre, um dos escores musicais mais famosos da história do cinema. Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme e recebeu cinco dos dez Oscars que foi candidato (no ano do também insuperável clássico “Noviça Rebelde”). Grande elenco com Alec Guinness, Geraldine Chaplin, Rod Steiger e Tom Courtenay.
    
“Espairecer ou perecer”
Todo mundo precisa de seus momentos de devaneios e escapismos. Flautear a mente por aí, desviando-se de preocupações por meio de recreações e entretenimentos. Televisão, cinema, jogos, passeios, bailes, música, leitura, coleções, animais, exercícios físicos, relaxamento... Tudo é boa proposta para desviar o foco das tensões cotidianas. Afinal, problemas não faltam na vida de ninguém. E nem sempre há soluções para tudo (ao menos imediatas): saber dar um tempo para si é uma forma de restaurar energia e recarregar a bateria para as chateações infinitas. Às vezes não bate aquela vontade de sair por aí para espairecer as ideias, andar sem rumo, sem conflitos, sem cobranças? Dar-se esse tempo é fundamental para seguir em frente. Nem sempre temos respostas imediatas, soluções mágicas ou visões racionais cristalinas e puras que nos preencham nas indagações costumeiras. Esse momento da distração é estratégia para recuperar fôlego, sair do cabo de guerra das pressões da vida e desvestir-se dos papéis responsáveis que nós mesmos e os outros nos incumbem. Desvestir-se do profissional, do papel de esposo(a), de familiar ou parente, de responsável constante para entrar na sua fantasia particular. A essencial arte de não fazer nada. Pode ter coisa melhor do que não ter obrigação para não fazer nada? Aquele dia retirado para você, sem obrigação de metas, horários cumpridos, obrigações cotidianas: comer o que quiser, quando quiser, com quem quiser. A vida moderna nos obriga a dar tanta satisfação que mesmo nos finais de semana, livres dos compromissos burocráticos e profissionais, continuamos dando satisfação para alguém o tempo inteiro. A liberdade de dar um bom dia para quem passa (mesmo sem receber de volta) ou a liberdade de não ter que dar bom dia para quem quer que seja. Aquele sublime momento de não se importar com regras, etiquetas, comportamentos, normas e fluir pelo mundo do pensamento. Desanuviar folgadamente e livrar-se dos enfados e tédios sem medo da bronca ou dos generais de apito na boca. Precisamos espairecer para não perecer: não deixar que os sonhos sucumbam. 
 
Dica da Semana

Novelas / Streaming

“A Sucessora”:
O Canal Viva passou a reapresentar a telenovela “A Sucessora”, de 1978-79 de autoria de Manoel Carlos, baseada na obra de Carolina Nabuco. Levada ao ar originalmente às 18h, a história se passa na década de 1920 e conta a história de Marina (Susana Vieira), a segunda esposa do milionário Roberto Stein (Rubens de Falco) que tem muitas dificuldades ao penetrar no mundo social do esposo e na mansão onde ainda paira a presença da falecida primeira esposa, Alice Stein, insistentemente cultuada pela governanta Juliana (Nathália Timberg). No elenco: Lisa Vieira, Paulo Figueiredo, Arlete Salles, Carmem Monegal e Kadu Moliterno.


 

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