"Elas por elas"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 24/01/2023
Horário 07:06

Estreou há uma semana no Globoplay a novela “Elas por Elas“, exibida originalmente em 1982, às 19h, de autoria de Cassiano Gabus Mendes. A novela foi um tremendo sucesso há 40 anos e contava a história de sete amigas do tempo de colégio que voltavam a se reunir após 20 anos: Márcia (Eva Wilma), Helena (Aracy Balabanian), Wanda (Sandra Bréa), Marlene (Mila Moreira), Natália (Joana Fomm), Adriana (Esther Góes) e Carmem (Maria Helena Dias). No entrecho principal, Márcia queria descobrir o nome da amante do marido Átila (Mauro Mendonça) que morreu no motel a seu lado, e para isso contrata o atrapalhado detetive Mário Fofoca (Luiz Gustavo). Outra trama fundamental era a que envolvia Helena e Adriana: a primeira se casa com o namorado da outra, Jaime (Carlos Zara), e agora, a arrogante Helena não aceita o namoro do seu filho Gil (Lauro Corona) com a filha da inimiga, Miriam (Tássia Camargo), e faz de tudo para atrapalhar o romance. No entanto, no passado, o pai de Helena (Mário Lago) trocou as crianças na maternidade com a ajuda da enfermeira Eva (Nathália Timberg) para poder ter um neto homem. O personagem Mário Fofoca fez tanto sucesso que teve um seriado na TV e um filme “As Aventuras de Mário Fofoca” lançados em 1983. No elenco, a presença de Reginaldo Farias, Christiane Torloni, Herson Capri e Marcos Nanini. A Rede Globo está programando um remake da novela para o horário das 18h ainda este ano.

“Quando os amigos se vão”

Perder entes queridos é um dos momentos mais dolorosos e difíceis da trajetória humana. Não apenas familiares diretos, cônjuges e parentes, mas também amigos e parceiros de vida que vamos agregando ao longo do tempo. A maturidade e o envelhecimento, no entanto, nos faz perder amigos ainda em vida. O tempo vai distanciando, recalculando trajetórias, todos nós vamos nos fechando nas bolhas domésticas e profissionais e, mesmo sem querer, vamos deixando de lado muitos amigos queridos e importantes. Vamos nos tornando mais seletivos e menos interativos com o passar do tempo, e também a vida proporciona menor número de possibilidades de encontrar novos amigos: casa-trabalho, trabalho-casa, e com aposentadoria viramos caramujo. O foco sempre é família, parentes e pessoas próximas à nova realidade e o distanciamento natural ocorrem, sem mágoas ou ressentimentos, mas com um progressivo desimportar-se bilateral. Mesmo os amigos mais próximos e íntimos que permanecem ao longo de todo o tempo, também passam a apresentar dificuldades operacionais de reencontro: moram longe, não tem quem os leve para fazer uma visita, as visitas quando ocorrem são mais de atualização de queixas e achaques, e não mais para distração ou lazer. A vida passa rápido: em um momento somos as crianças levadas a um passeio na represa (onde inúmeras crianças estão disponíveis para amizades, brincadeiras e correrias). No momento seguinte, somos os jovens que levam para o passeio na represa outros jovens a serem agregados à família (amigos de escola, namoradinhos, amigos da mesma rua). De repente, nos tornamos os pais da nova família e passamos a monitorar filhos e convidamos casais para irem juntos com suas famílias. Mais uma década e viramos avós coadjuvantes desse cenário, que hora são levados juntos, e hora ficam em casa, até uma hora que não vamos mais. Ciranda da vida? Sim, mas por que concentrar as amizades só na ponta inicial? É preciso ter amigos que nos ajudem a balançar. 

Dica da Semana

Livros

“A Invenção de uma Bela Velhice”:
Autor: Mirian Goldenberg. Subtítulo: Projetos de Vida e a Busca da Felicidade. Editora Record. A autora discorre sobre as possibilidades de envelhecer com beleza, liberdade e felicidade. Saboreando cada minuto de vida sem tentar congelar os corpos, os comportamentos e os propósitos. 
 

Publicidade

Veja também