Se a flexibilização da quarentena na fase amarela (três), intermediária, ainda não era o suficiente para melhorar a situação econômica, a DRS-11 (Departamento Regional de Saúde-Onze), cuja sede fica em Presidente Prudente, retrocedeu dois níveis, e a partir de segunda volta para a vermelha, com o máximo de restrições possíveis. Isso se deu pelo aumento no número de casos e de internações, ocorrido na semana passada. Mas tal afrouxamento, para o infectologista André Pirajá “foi um pouco precoce”, uma vez que a curva de diagnósticos positivos está em “ascensão”.
Contudo, ele diz que o aumento no número de casos e internações ainda não é reflexo da flexibilização ocorrida desde o dia 1º de junho. Isso porque, conforme o médico, os novos números são referentes ao final do mês de maio.
“Demora de 10 a 15 dias depois para sentir. Então, isso deve ocorrer a partir do dia 15 [segunda-feira]”, completa. Sendo assim, pode ser que na semana que vem o cenário seja ainda pior do que o enfrentado hoje. Ainda conforme Pirajá, a tendência é ter um aumento de novo. “Espero estar errado”, afirma o especialista.
Para ele, o prudentino “não tem maturidade para lidar com flexibilização”, basta ver o comportamento das pessoas no primeiro dia de afrouxamento. “Eu moro na área central, na região do Parque do Povo, e vejo pessoas sem máscara ou usando de forma inadequada. Morro de vontade de fazer uma corrida, mas acredito que não é o momento. Mas depois as 18h, por lá, é possível ver gente aglomerada, praticando atividades como se nada tivesse acontecendo”, finaliza.
“Demora de 10 a 15 dias depois para sentir. Então, isso deve ocorrer a partir do dia 15”
André Pirajá, infectologista