TALENTO DE FAMÍLIA:
Brandon Cronenberg - filho do lendário cineasta David Cronenberg - acerta mais uma vez. O diretor entra de cabeça mais uma vez no comportamento humano criticando privilégios de uma parte da sociedade. Analisando o padrão de seus filmes, ele parece estar criando sua marca, abusando de efeitos práticos, de cenas eróticas psicodélicas e de gore explícito, dessa vez tendo a oportunidade de ser lançado por uma grande distribuidora, a Neon (“Parasita”; “Retrato de Uma Jovem em Chamas”).
HISTÓRIA:
A trama do longa segue o casal James e Em, que decide passar um tempo em um resort voltado para a elite em um país pobre chamado Li Tolqa. Os protagonistas conhecem no resort, Gabi e Alban, um casal caótico que conhece o país fictício e suas leis diferentes de outros países do mundo. Em uma saída do resort para uma área proibida, James acidentalmente comete um crime que o faz ir para a cadeia. Lá dentro ele descobre que foi condenado à morte, porém o governo do país oferece a execução de um clone de James em troca de dinheiro, sendo esse um privilégio de pessoas ricas que cometem crimes naquele país.
EXTREMO:
É um filme extremo e desconcertante. É ame ou odeie, e vai ter gente que não vai ter estômago para conseguir assistir tudo. Cenas de sexo com gore, execuções explícitas de várias pessoas ao mesmo tempo, comportamentos extremamente inadequados, situações que geram um desconforto tremendo em quem assiste. Cria-se um ambiente perfeito para executar os excessos de seus personagens com privilégios socioeconômicos.
TERROR E FICÇÃO:
Nada parece ter limites, mas tudo tem, assim como uma piscina de borda infinita, como brinca o título do filme. Embora achamos que podemos escapar ilesos, no fim as cicatrizes sempre estarão ali. Em um terror de ficção-científica que mais do que desafiar nossa compreensão humana, nos induz a confrontar a sua natureza em seu estado mais primitivo.
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