Relatório inédito da Boeing exalta atuação do comandante Fuzimoto no caso Varig 820

Documento divulgado pela primeira vez na imprensa brasileira reconhece a habilidade da tripulação e detalha os minutos decisivos antes do pouso forçado próximo a Paris

PRUDENTE - SINOMAR CALMONA

Data 16/07/2025
Horário 05:11
Foto: Reprodução
Relatório da Boeing, publicado pela primeira vez em um jornal brasileiro, mostra que em acidentes parecidos, a equipe do voo Varig 820 foi a que agiu mais rápido dentro do cockpit
Relatório da Boeing, publicado pela primeira vez em um jornal brasileiro, mostra que em acidentes parecidos, a equipe do voo Varig 820 foi a que agiu mais rápido dentro do cockpit

Pela primeira vez, um jornal brasileiro teve acesso e publicou oficialmente o relatório técnico da Boeing sobre o acidente com o voo Varig 820, ocorrido em 1973. O documento revela detalhes importantes sobre a atuação da tripulação e, em especial, sobre o desempenho do comandante Antônio Fuzimoto, responsável pelas manobras que evitaram uma tragédia de proporções ainda maiores.

Segundo o relatório, a partir do primeiro sinal de fogo a bordo, a tripulação teve apenas sete minutos para agir: mudar a rota, iniciar a aproximação e realizar um pouso forçado em uma plantação próxima ao aeroporto de Orly, em Paris.

Momento em que o comandante assumiu o controle

O documento destaca que, no momento crítico, Fuzimoto assumiu pessoalmente os comandos da aeronave, conduzindo o avião durante o pouso de emergência. A agilidade e a perícia do comandante foram fundamentais para evitar que o incidente se transformasse em uma tragédia aérea de grandes proporções.

“O relatório reconhece a destreza da tripulação e classifica a atuação de Fuzimoto como extraordinária”, aponta o trecho divulgado.

Reconhecimento histórico e tardio

O relatório da Boeing, até então restrito a arquivos técnicos e processos judiciais, ganha agora projeção pública e lança uma nova luz sobre o episódio. A publicação do documento reforça o reconhecimento da aviação mundial à competência da tripulação brasileira naquele dia — um reconhecimento que, até agora, permanecia restrito a círculos técnicos e especializados. (Colaborou Hélinho Carreiro)

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