Sendo mais uma das obras na corrida do Oscar e que merece espaço nesta coluna, “O Som do Silêncio” traz o sentimento de impotência, fala sobre aceitação e principalmente, inclusão social. A intensa jornada de autoconhecimento e sabedoria adquirida para aceitar o que está ou não em seu controle prende o espectador do começo ao fim e, promete chamar a atenção na maior premiação do ano.
Com os pés no chão e um elenco imensamente dedicado, o drama não peca em contar a história de Ruben, um baterista de uma banda de metal, que perde sua audição de forma brusca. Ele precisa então se reencontrar e fazer um custoso tratamento para conseguir seu desejado implante.
O filme mostra a grosseira realidade das gerações mais jovens que vivem na incerteza de uma sociedade em que nada é fixo e a busca pelo sucesso às vezes tem um preço alto demais. Quando o próprio o “trai”, é o estopim que faltava para tudo vir à tona. Felizmente o filme mostra, que nem tudo é o fim do mundo e, vai muito pelo contrário, onde as descobertas podem revolucionar na sua vida.
Com uma estética intimista e a sonorização impecável, Riz Ahmed brilha em sua performance. Olivia Cooke também ganha espaço e mostra que é uma atriz que merece mais oportunidades de destaque. E nós, podemos refletir sobre as eventuais derrotas da vida, principalmente após um ano tão difícil quanto 2020. No fim, o que mais importa é conhecer a si mesmo, por mais frustrante que seja e apreciar os momentos de caos.
O diretor, Darius Marder, mostra seu perfeccionismo em aguardar anos para colocar a produção em prática com uma beleza assustadora e presentear o público com um personagem tão intenso quanto seu protagonista. Por fim, ele também avalia a situação de pessoas, que por conta de suas deficiências, sofrem preconceitos e são estereotipadas, além da dificuldade de acesso a comunicação. Disponível na Amazon Prime Vídeo.
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