“O voleibol é maravilhoso, sou apaixonado pela modalidade”

Fernando Lopes Gomes, técnico de voleibol

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 24/12/2019
Horário 05:00
Jean Ramalho - Fabin está à frente da equipe de vôlei da Semepp desde 2015, onde começou como voluntário
Jean Ramalho - Fabin está à frente da equipe de vôlei da Semepp desde 2015, onde começou como voluntário

Ex-levantador, Fernando Lopes Gomes, o Fabin, ele não é apenas um técnico, mas um estudioso da modalidade que escolheu como profissão: o voleibol. Sobre a realidade do esporte no interior hoje, o treinador da equipe masculina da Semepp (Secretaria Municipal de Esportes) menciona como uma das principais dificuldades para se disputar competições maiores, a distância da capital paulista. Outro fator diz respeito à falta de patrocínios... Uma coisa está ligada à outra. “Olimpíadas de Barcelona 1992. Lembro-me da final contra Holanda. Era uma grande equipe! Acho que ali eu me apaixonei pelo voleibol!”.

No início do ano, você fez um estágio na equipe Copel Telecom Maringá. E mencionou em uma entrevista que o então técnico Alessandro Fadul pode te mostrar toda estrutura e planejamento dos treinos de uma equipe de alto rendimento. Pode falar um pouco mais sobre essa experiência?

O estágio em Maringá [PR] foi uma realização. Pude vivenciar o dia a dia de uma equipe competitiva e com grandes jogadores. Tive a oportunidade de participar dos planejamentos e reuniões com a comissão técnica e a elaboração dos treinos. Sou muito grato ao professor Alessandro Fadul por ter me dado essa oportunidade única.  Espero poder retornar e absorver um pouco mais de conhecimento.

Conseguiu implantar algumas dessas experiências na equipe de voleibol de Presidente Prudente?

Sim. Alguns treinos que vivenciei lá em Maringá foram reproduzidos aqui e tivemos uma melhora boa no desempenho. Agora quero ver se para o ano que vem consigo estruturar a equipe com alguns aparelhos que ajudam muito no treinamento. Como por exemplo, uma biruta para treino dos levantadores.

Desde quando está à frente do voleibol prudentino?

Assumi essa função em 2015 como voluntário até 2016. Em 2017, prestei o concurso e estou à frente da equipe masculina da Semepp.

O vôlei é um esporte incrível, sendo um dos mais praticados do mundo, e tem um espaço de destaque no Brasil. Como você vê a modalidade no interior?

O voleibol é maravilhoso! Sou apaixonado pela modalidade. Infelizmente, estamos um pouco longe do grande centro. As principais equipes estão próximas a São Paulo, o que facilita. Já para nós que estamos distantes, disputar competições maiores dificulta, principalmente por conta das despesas. Outra dificuldade é a questão de patrocínio. O investimento na modalidade é praticamente zero. Temos ajuda da Semepp e de alguns amigos que nos apoiam. Estamos batalhando para conseguir manter nossas equipes em competições regionais, que é nossa realidade hoje.

O país tem muitos atletas importantíssimos, tanto nas quadras quanto na areia. Quem são seus ídolos no masculino e feminino?

No vôlei de quadra, eu tive a oportunidade de conhecer e estar próximo de um dos meus ídolos que é o Ricardinho. Outro ídolo é o João Paulo Bravo que, inclusive, é de Presidente Prudente. O João é um cara fantástico que sempre que está na cidade vai aos treinos e nos ajuda muito. Na praia, o Ricardo e Emanuel são gênios. E no feminino de quadra, gosto da Sheila, e na praia, Shelda.

Quando foi que se apaixonou pelo voleibol?

Olimpíadas de Barcelona 1992. Lembro-me da final contra a Holanda. Era uma grande equipe! Acho que ali eu me apaixonei pelo voleibol!

Chegou a jogar profissionalmente em algum time? Onde? Em qual a posição jogava?

Sim. Comecei jogando aqui em Prudente em 1996. Em 2001, saí para jogar em Dourados [MS]. Aí rodei por algumas equipes paulistas, como em Assis, Marília, Lins, Botucatu, São Manuel até voltar para Prudente. Era um levantador esforçado!

Qual a sua maior realização no esporte? E o que gostaria de ver no meio esportivo que ainda não exista?

A maior realização foi assumir a equipe de Presidente Prudente. Eu comecei aqui e hoje ser o responsável pelo vôlei pra mim é um sonho. E acho que conseguir chegar a uma Super Liga é o que eu gostaria de ver [viver]. Acho que temos condições de um dia alcançar este sonho. Mas, precisamos de ajuda da iniciativa privada.

Quem é Fernando Fabin?

O Fernando que no meio do vôlei é conhecido como Fabin, tem 38 anos, casado com a Carol, sem filhos ainda, mas com uma sobrinha linda, a Maria Clara! Sou formado em Educação Física na escola de Educação Física de Assis, técnico de vôlei nível 2 da CBV [Confederação Brasileira de Vôlei]. Um apaixonado pelo voleibol.

 

PERFIL

Nome: Fernando Lopes Gomes, o Fabin

Idade: 38 anos

Formação: Educação Física

Atividade profissional: técnico de vôleibol

Onde nasceu: Presidente Bernardes

Esposa: Maria Carolina Simioni Gomes

Filhos: não tem

E-mail: fernandofabin17@gmail.com

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