Fui assistir o novo longa da franquia "Predador" de forma completamente despretensiosa e em uma sala vazia. Quando o filme acabou, a sensação foi de ter assistido algo surpreendentemente bom!
Você não precisa estar por dentro dos outros seis filmes do universo para entender de ponta a ponta a proposta de “Terras Selvagens”. Comandado por Dan Trachtenberg que o alienígena do momento ganhou o upgrade que precisava!
Chega a dar pena do coitado do Predador da vez, mas com a grande diferença que ele, como protagonista, realmente tem um arco de desenvolvimento completo (mas longe de ser complexo), que o leva de um jovem adulto obcecado em mostrar seu valor para seu clã e traumatizado pelos eventos que testemunha, tornando-se um Yaultja com personalidade própria, que compreende o valor de trabalho em equipe e da formação de laços.
Elle Fanning é um colírio que ao mesmo tempo serve para dar coragem ao protagonista e mostra humanidade acima da média, mesmo sendo um humanoide. Seu alívio cômico é o elo que fortalece a relação e possibilita a criação de um novo clã!
A dinâmica entre Thia e Dek, algo que é facilitado por um tradutor universal conveniente, mas necessário, ambos encontrando um meio termo em suas “programações originais” e aos poucos convergindo para construir os inevitáveis e mais do que esperados laços de respeito e amizade que, não tenham dúvida, são estendidos ao tal símio de carapaça que, garanto, é mais do que apenas um “bichinho fofinho”. Há humor sem exageros e há a relativização daquilo que se convencionou esperar de um Predador.
Mesmo com uma pequena divulgação, salas vazias e poucos comentários sobre, o filme me agradou muito e me fez querer ver mais deste universo, do filme dos anos 80 até o que (espero) virá em seguida! Vale a pena assistir.
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