“O capitão veio, leu o cartão, mirou o homem de alto a baixo e fez a pergunta que o rei esqueceu-se de fazer: - Sabes navegar? Tens carta de navegação? E o homem respondeu: Aprenderei no mar.” O trecho do livro “O Conto da Ilha Desconhecida”, de 1997, do grande escritor português José Saramago, põe à prova o desafio de “arriscar-se ao mar”.
Levando em conta o atual cenário de crescimento do ensino superior, o adágio "arriscar-se na educação" adquire relevância especial. É crucial ter em mente que o mercado não necessita de incertezas, mas sim de indivíduos preparados, capacitados, engajados e aventureiros do conhecimento. Navegar em mares desconhecidos pode trazer a sensação de um perigo eminente. Porém, é um fator primordial para quem quer mudar o rumo de sua viagem profissional-educacional.
A educação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento social, familiar, profissional e no fortalecimento de uma cidadania próspera. Possuir um entendimento sólido das características fundamentais da educação é essencial para tornar o conhecimento mais acessível à sociedade em constante crescimento.
De acordo com uma pesquisa realizada pela ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), em parceria com a Symplicity de Empregabilidade, mais de 75% dos indivíduos com diploma universitário encontram-se empregados, ou seja, aqueles que se jogaram ao mar do conhecimento estão em um porto seguro. Além disso, entre os entrevistados, mais de 83% estão trabalhando dentro de suas áreas de formação, obtendo uma renda mensal média superior a R$ 4 mil.
As marés altas das facilidades em fazer uma “faculdade” tornam o cenário da empregabilidade esperançoso para quem quer mergulhar no mundo do conhecimento. É tempo de içar a vela, rumo ao profissional-educacional. De navegar em terras de nível superior norte a terra do conhecimento.
Em sua obra, o autor José Saramago (1997), utiliza poucas páginas para descrever de maneira metafórica, não apenas o mundo, mas também aspectos da natureza humana, abordando suas ambições, frustrações e de, um ponto de vista bem peculiar, suas conquistas. Durante a viagem do conhecimento, as sensações dentro do barco podem trazer um desconforto ante ao desconhecido. A recompensa sempre vem com a descoberta do novo.
A descoberta de uma ilha novinha e somente sua: a Ilha do Conhecimento! “Nos mapas só estão as ilhas conhecidas, disse o homem ao rei. – O rei pergunta: E que ilha desconhecida é essa que queres ir à procura? O homem responde: -Se eu te pudesse dizer, então não seria desconhecida.”
