Quem ajuda pede socorro

OPINIÃO - Renato Michelis

Data 05/12/2023
Horário 05:00

Presidente Prudente conta com mais de 30 entidades assistenciais e filantrópicas, administradas pelo terceiro setor (sociedade civil) e cadastradas na Federação de Entidades Assistenciais, a Feapp. Juntas, atendem mais de 15 mil pessoas diretamente e desempenham um papel vital, fornecendo suporte a grupos vulneráveis e comunidades carentes, englobando crianças em situação de risco, idosos e pessoas com algum tipo de deficiência. 
Esse trabalho de amor gratuito à população, nos últimos tempos, tem enfrentado dificuldades financeiras decorrentes de atrasos nos repasses municipais, que respondem por aproximadamente 65% do custeio das instituições e são fundamentais para manter as atividades e as contas em dia. 
Fato é que muitas dessas entidades direcionam suas atividades para áreas onde os serviços públicos são limitados, como acesso à saúde, educação, alimentação, moradia e outros serviços essenciais. Digo mais, realizam um papel complementar fundamental aos serviços públicos. 
Embora suas diretorias atuem de forma voluntária, ou seja, não recebem nada para tal exercício, há uma equipe completa de profissionais contratados nos bastidores [cerca de 1.800 funcionários], além dos imensuráveis custeios com alimentação, material didático, saúde entre outros, bem como, os custos de implementação e realização dos projetos. 
Em busca de sugestões para manter a sobrevivência do trabalho oferecido àqueles que não têm outra opção, na semana passada estivemos presentes na reunião pública sobre o tema, que aconteceu na Câmara Municipal. 
Na oportunidade, levamos ao conhecimento público uma sugestão feita pelo médico Edison Kuramoto, também integrante ativo da UEPP, cuja proposta envolve a venda de terrenos pertencentes à municipalidade que se encontram sem utilização. 
Desta forma, parte deste subsídio seria revertida para as entidades federadas, por meio de lei municipal. A ideia foi bem acatada pelas autoridades presentes e será discutida e pautada em futura sessão extraordinária da Casa.
A UEPP, um conjunto de entidades de classe que busca o fomento para o desenvolvimento econômico e social regional, entende que uma economia forte gera melhora nos índices sociais. 
Neste contexto, a UEPP e a Feapp têm algo em comum: são organizações voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população. Um trabalho realizado por caminhos paralelos, mas convergentes em sua essência.

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