O gênero de filmes de aventura com lutas de esgrima, chamado de capa e espada, foram bastante populares nas décadas de 1930-50, e “Scaramouche” foi um dos melhores dentre eles. O filme, dirigido por George Sidney em 1952, se passa na França do século XVIII, e conta a história do jovem André Moureau (Stewart Granger) que busca vingar a morte de um amigo por um marquês (Mel Ferrer). Para isso, se esconde numa trupe de atores mambembes, enquanto treina esgrima para a vingança final, passando a ser conhecido como Scaramouche. Enquanto se torna um espadachim, se divide entre o amor de uma atriz (Eleanor Parker) e de uma jovem aristocrata (Janet Leigh). O duelo final entre os antagonistas tem a duração de oito minutos, sendo um dos mais longos do cinema, e um clássico absoluto do gênero.
Haverá um dia que sobrarão creches e faltarão abrigos para idosos
O clamor popular por creches impacta diretamente as campanhas políticas que sempre colocam a construção de novos estabelecimentos como suas principais metas e promessas políticas. Obviamente, o eleitor trabalhador precisa ter com quem deixar seus filhos enquanto fazem sua jornada de trabalho, e esta ação política continua sendo primordial e necessária. Contudo, alguém já viu alguma campanha política pautada na construção de abrigos para idosos, ou opções como centros-dias, onde os idosos pudessem permanecer durante o dia enquanto seus familiares trabalham? O país está envelhecendo, cada dia com mais idosos e menor número de nascimentos e continuamos sem se preocupar com o que fazer com esse número de idosos que precisam ser cuidados, de receberem algum apoio, enquanto seus familiares também trabalham. Não são apenas as crianças que precisam de amparo social, muitos idosos necessitarão de cuidados por apresentarem doenças degenerativas que afetarão de forma impactante, seus poderes de autonomia e independência. Deixar o idoso à própria sorte, abandonados, escondidos nas intimidades dos lares e residências, é tão cruel, como deixar uma criança sozinha em casa, sem supervisão. As políticas públicas precisam arregaçar as mangas e passar a colocar o idoso em suas plataformas políticas e pensar em alternativas de apoio, e não, simplesmente, transferir toda essa questão social para os familiares. Contudo, é fácil de entender que tais ações, além de dispendiosas, não geram impacto em votação como a construção de uma creche. Idoso não vota. Construir abrigos ainda é uma chaga social, um assunto a ser evitado, um incômodo humano que não sabe como lidar com seu idoso. Está mais do que na hora de nos inflamarmos pelos nossos idosos como fazemos por nossas crianças.
Dica da Semana
Série – Streaming:
“ÂNGELA DINIZ – ASSASSINADA E CONDENADA”:
Estreou na HBO Max uma série em seis episódios, baseada na história real de Ângela Diniz, uma celebridade dos anos 1970, conhecida como A Pantera de Minas, que foi assassinada com quatro tiros por seu namorado Doca Street, em 30 de dezembro de 1976. O crime repercutiu, polarizando a opinião pública, dividida entre machistas e conservadores que defendiam a “legítima defesa da honra” e o início de um grande movimento feminista que buscou impedir a culpabilidade da vítima pela sua morte, simplesmente por ser mulher e liberal, com o lema “Quem Ama Não Mata”. Marjorie Estiano e Emílio Dantas estão muito bem nos papéis principais.