"Um rosto de mulher"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 08/06/2021
Horário 07:00

Joan Crawford (1904-1977) foi uma das maiores estrelas da história do cinema e um de seus melhores desempenhos foi neste filme produzido pelos estúdios Metro-Goldwyn-Mayer em 1941, “Um Rosto de Mulher” (“A Woman´s Face”). Dirigida por George Cukor, mostrou que além de linda, era excelente atriz, tendo brigado com o chefão do estúdio para provar que era capaz de interpretar uma mulher marcada ao invés dos seus típicos personagens glamourosos. Na trama, ela é Anna uma moça com uma grande cicatriz no rosto, resultante de uma queimadura na infância que fez com que se tornasse uma criatura amarga e ressentida, desprezando todas as pessoas. Envereda no crime no ramo das chantagens e desperta interesse num cirurgião plástico (Melvyn Douglas) que acha possível que seu rosto seja restaurado. Ao ter sua beleza renovada, Anna fica dividida entre também ter um belo coração ou voltar à sua carreira de crimes. 


    
“Imprescindibilidade”

Não há coisa que mais mude na vida do que nossas próprias opiniões ou impressões sobre tudo. Existem algumas opiniões mais firmes e rígidas que constituem o cerne do caráter conforme as influências sociofamiliares, culturais e legais de uma época, mas existem milhões de outras opiniões que têm a rigidez de uma maria-mole. Algo que parece ser tão óbvio, evidente e obrigatório em um momento, pode ser tornar efêmero, desimportante e até desnecessário em um segundo momento. Na adolescência e juventude, vivemos a fase do confronto com um conjunto de questões imprescindíveis e que viram o foco principal da atenção de conquista. Alguns valores parecem ser tão essenciais, que ocupam nossas mentes e boa parte de nossas ações. A não conquista do imprescindível ou a perda dele são fases de desmoronamento, com muito sofrimento e reestruturação. Outras vezes conquistamos todos estes objetos ou valores ditos essenciais e que o tempo ajuda a tirar o brilho, apagar a chama da conquista ou simplesmente ser esquecido em um canto qualquer entre os dias vividos. Afinal, o que é realmente imprescindível? Não estaremos colocando itens demais com esta tarja de indispensável? O que é fundamental para um pode não ser para outro, e o que foi fundamental para um ontem pode não ser mais tão obrigatório hoje. Vamos criando nossas peneiras, aprendendo por experiência própria, o que é alicerce verdadeiro e o que é mera decoração em nossas escalas de importância. Dizem que a imprescindibilidade das escolhas de cada um é o resumo verdadeiro da vida humana. Você é o que você valoriza. E não há nada errado em se adicionar doses de ambição, vaidade, previdência, e luta por bem estar pleno. Contudo, quanto mais ingredientes forem necessários para a obrigatoriedade do resultado final da receita, mais difícil é a luta, mais árduos são os caminhos e maior a possibilidade de insatisfação com resultados. Imprescindível é perceber que podemos ter menos coisas imprescindíveis; imprescindível é não deixar de aproveitar tantas coisas imprescindíveis que já estão a nossa volta e ao nosso alcance. 

Dica da Semana

Livros 

“Alzheimer – Direitos do Paciente”: 
Autores: Ana Luísa Rosas, Lina Menezes, Vivian Erlichman. Editora Faz Muito Bem. As autoras somam conhecimento em suas áreas: médica neurologista, comunicóloga e gerontóloga, advogada especializada em Saúde. O livro traz os principais direitos disponíveis no Brasil para quem enfrenta a doença de Alzheimer e outros quadros de demências, facilitando a vida do paciente e de seus cuidadores. 
 

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