Veja como evitar a terrível síndrome do pôr do sol

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 26/07/2023
Horário 04:30

Com certeza muitos de nós já contemplamos o pôr do sol. Seja na cidade, dentro da nossa própria casa, no campo, na praia, sempre será espetacular. 
Se para muitos a beleza da natureza impressiona, para outros, especialmente, doenças que levam à demência, a síndrome do pôr do sol é aterrorizadora, pois é caracterizada por uma confusão mental ou uma mudança de comportamento. Idosos portadores de síndromes demenciais, principalmente a doença de Alzheimer, por volta das 17h, apresentam muita agitação, irritabilidade, mudanças de humor, alucinações ou delírios, desorientação, medos e receios.
Podem manifestar também, o desejo de “ir para casa”, mesmo morando em suas próprias casas ou de familiares. O idoso não reconhece o local em que está por conta da confusão mental, e repetidamente solicita “ir para casa” ou que alguém o busque.
 O papel dos familiares e cuidadores no momento da manifestação da síndrome do pôr do sol é fundamental. A paciência é o fator mais importante que tem que ter. Mostrar objetos de uso pessoal, ou apresentar a casa ao idoso pode acalmá-lo e convencê-lo de que está no local do qual ele busca estar.
Por vezes, o idoso não se convence de que está no local correto, agita-se e pode querer fugir, nessa hora é importante manter a calma, pegá-lo para dar uma volta, seja de carro ou a pé, isso fará com que se distraia, e acalme-se. Do contrário, “perder a cabeça”, se irritar ou discutir com o idoso só acentuará ainda mais o quadro, e ele poderá mostrar-se agressivo com o cuidador ou consigo mesmo.
Ocasionalmente, o cansaço ao final do dia, ou o fato de haver uma alteração do relógio biológico- perder a noção de dia e noite, pode justificar. É preciso evitar ou pelo menos amenizar.
A luminosidade, ou seja, a exposição à luz é o tratamento que melhor ajuda, pois vai deixá-lo menos confuso, mais orientado e calmo. Portanto, ao entardecer, deixe as luzes do ambiente acesas, intensifique as luzes, e não espere o anoitecer para isso.
Uma boa rotina de sono é fundamental. Evitar ruídos e barulhos, como conversas e televisões, ao entardecer e à noite. Limitar os cochilos ao longo do dia. Desenvolver atividades recreativas e cognitivas. Evitar cafeína ao longo do dia, principalmente, ao fim da tarde. Colocar músicas suaves e calmantes à noite.
Dessa forma, os riscos de maiores agitações e confusões podem ser amenizados, e trará mais conforto e qualidade de vida ao idoso.
Medicamentos não são recomendados para o tratamento, mas dependendo do nível de agitação do idoso, e o prolongamento, é necessário o uso deles, até mesmo para seu bem-estar e segurança.
 

Publicidade

Veja também