Sete pessoas foram presas nesta terça-feira, em Presidente Prudente, durante uma ação da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) que desarticulou uma quadrilha que falsificava tintas para impressoras. Milhares de itens, máquinas, equipamentos e produtos eletrônicos foram apreendidos em cumprimento de mandados de busca e apreensão em cinco endereços ligados aos suspeitos, os quais foram autuados em flagrante por crimes contra a relação de consumo, descaminho e associação criminosa.
A atuação do grupo, formado por homens e mulheres, vinha sendo investigada pela Polícia Civil há três meses. A 1ª DIG instaurou um inquérito policial após uma petição de uma empresa multinacional japonesa de equipamentos eletrônicos, globalmente conhecida por produtos de imagem e alta precisão, como impressoras, scanners, projetores e robôs industriais, anunciar que provavelmente haveria na cidade um local responsável pela falsificação de seus itens, o qual estava levando prejuízo a diversos consumidores que acreditavam na credibilidade da marca.
“Após relatório técnico, com a identificação de locais e justa causa com indícios de prova, houve a representação por buscas nos imóveis. Em um dos endereços, no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, um depósito foi encontrado. Em seu interior havia uma linha de montagem da falsificação”, frisa a Polícia Civil. Centenas de aparelhos celulares, produtos de descaminhos, também foram localizados no mesmo galpão.
Conforme o órgão, para produção dos itens ilegais, os investigados adquiriam, em contrabando, as tintas. “Com a falsificação dos rótulos, embalagens, caixas e selos, alimentavam pequenos reservatórios de plástico e encaixavam para distribuição em venda via marketplace. Milhares de usuários recebiam em lotes os produtos falsificados”, explica.
“Outra quantidade do mesmo material foi localizada em outro endereço, pronto para venda, adquirido pelo comerciante em revendedora que se apresentava como oficial e apresentando nota fiscal emitida, comprovando a qualidade da contrafação”, destaca a Polícia Civil, que indica que a tinta apreendida na ação será depositada à empresa multinacional para, em sintonia com a perícia, emita laudo e procedimento adequado ao descarte, respeitando as regras ambientais.
Fotos: Deinter-8
No Ana Jacinta, produtos ilegais foram encontrados em depósito com linha de montagem