13º salário: economistas de Prudente recomendam liquidar dívidas e planejar despesas do início de 2026

Primeira parcela da gratificação foi paga até 30 de novembro, enquanto segunda “fatia” será concedida até 20 de dezembro

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 11/12/2025
Horário 08:29
Foto: Freepik
Início do ano é sempre marcado por despesas, por isso, é de suma importância se preparar para tal período
Início do ano é sempre marcado por despesas, por isso, é de suma importância se preparar para tal período

A primeira parcela do 13º salário incrementou os bolsos de muitos moradores do oeste paulista. De acordo com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), a legislação estabelece que a primeira “fatia” deste subsídio seja concedida até 30 de novembro, enquanto a segunda parte, correspondente à complementação do valor total devido, seja paga até 20 de dezembro. Para economistas, o momento é de reflexão sobre como essa verba deve ser investida, com prioridade total ao fim das dívidas.

“O 13º salário, na verdade, é uma gratificação natalina para os funcionários, colaboradores. O que a gente precisa entender é que é um dinheirinho que entra, é muito bem-vindo, e a primeira coisa que a pessoa tem que se preocupar é que, se ela tem dívidas, seja no cartão de crédito ou um saldo do banco que estourou um pouquinho, o ideal é ela usar essa parcela para, na medida do possível, quitar. Não é legal começar o ano com dívidas”, orienta a economista Edilene Mayumi Murashita Takenaka.

A recomendação é compartilhada pelo também economista Adriano Machado Santos. “A primeira coisa que a pessoa precisa se organizar é: se tiver dívidas, negociar essas dívidas. Se possível, tentar reduzir juros e multa com pagamento à vista e, se o que receber não for possível pagar todas as dívidas, escolher as mais importantes e ir pagando aí na ordem de importância”, frisa.

Adriano ainda destaca que é importante priorizar as pendências de maior custo total. “Se a pessoa tem dívida, escolher a que tem o custo maior, por exemplo, cartão de crédito, depois conta corrente, ou alguma outra dívida por contrato, que pode estar rodando um juro muito grande. Aí o interessante é quitar as que, em sua totalidade, são mais caras”, destaca.

Outra indicação é não deixar nenhum credor sem receber. “Se for possível, é importante pagar um pouquinho de cada um. Paga uma dívida, mais uma fração de uma segunda, mais uma parcela de uma terceira, desde que isso seja possível”, frisa Adriano.

O economista ainda pontua que este mesmo raciocínio deve valer para o orçamento familiar. “Por exemplo, se tem duas pessoas que recebem o 13º, se for um orçamento familiar compartilhado, se a dívida for em conjunto também ou se a dívida está no nome de uma pessoa, é interessante juntar todo o recurso para tentar resolver. Então, isso aí é um outro ponto importante”, alerta Adriano.

Planejamento para 2026

O início do ano é sempre marcado por despesas, por isso, é de suma importância se preparar para tal período. Edilene cita que, além de quitar dívidas, é indispensável se preparar para as contas “fixas” que virão pela frente nos primeiros meses de 2026.

“É importante, para ter um orçamento equilibrado, consumir aquilo que realmente for necessário e não esquecer que o início do ano tem algumas despesas que já são fixas. Matrícula da escola, material escolar, IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano]... Então, são vários gastos e é bom ter em mente que a pessoa pode vir a precisar desse dinheiro no início do ano”, comenta a economista.

Para Adriano, também é importante prestar atenção com os gastos do período de festas. “Tomar muito cuidado com o impulso para não comprar muita coisa desnecessária, pois aí o dinheiro que era para o começo do ano, gasta tudo no final do ano, com festa e com presente. Então, é interessante a pessoa ter uma noção da sua realidade financeira”, frisa.

Se o beneficiado pode usar uma parte da verba para um desejo pessoal, Edilene afirma que “sim”, mas como a devida cautela. “A gente trabalha, a gente sabe que o trabalhador tem aquela rotina, ele percebe seu pagamento e, é claro que quer satisfazer algum desejo pessoal. O consumo de um produto ou outro é sempre bem-vindo, mas sempre priorizar aquilo que realmente é necessário, ou seja, refletir: eu preciso realmente disso? Isso realmente entra no meu orçamento?”, orienta a economista.

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