Eles andam em todos os cantos da cidade, correm riscos e têm diversas histórias para contar. A profissão de taxista vem se desenvolvendo cada dia mais, inclusive, em 2005, uma lei municipal implantou um dia dedicado a eles: 24 de outubro, o Dia Municipal dos Taxistas. Para comemorar a data, amanhã ocorre, em Presidente Prudente, um evento no qual quatro taxistas destaques serão homenageados. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Natal Aparecido Brunholi, atualmente, 174 taxistas são cadastrados no local e os destaques foram escolhidos por critérios como bom trabalho bem como falta de problemas com os passageiros.

Desde 2005, dia 24 de outubro é dedicado aos taxistas

Conforme Brunholi, a profissão tem crescido cada ano mais. "Há uns 30 anos, a gente tinha que estar preparado para tudo. Tinha que conhecer, principalmente um mecânico para as urgências. Agora, os carros têm seguro e se der problema fica mais fácil", relata. Ainda segundo o presidente, os taxistas trabalham em torno de 8h à 14h por dia, variando do local de serviço. Ressalta também que todos os dias a categoria corre riscos constantes de assaltos e acidentes. Apesar dos percalços, afirma que o profissional que privilegia o bom atendimento se diferencia dos demais. "As pessoas vivem bem sem o taxista, mas o taxista não vive sem o freguês. Então, o motorista deve ser educado, culto, tratar bem o passageiro", orienta Brunholi.

 

O evento

O Dia Municipal do Taxistas será lembrado é lembrado hoje. E, para a data não passar em branco, cerca de 250 convidados, entre representantes do Executivo, taxistas e familiares, participarão de um evento, na noite de amanhã, no prédio da Autoeste, no qual quatro profissionais serão homenageados recebendo uma placa de prata entregue pelo Sindicato dos Taxistas e Caminhoneiros Autônomos de Prudente. São eles: José de Paiva Sant’Ana, 77 anos, que se dedica há 21 à profissão. Ele conta que sempre procura fazer o melhor para os fregueses e afirma que está contente com o reconhecimento. "Às vezes, a gente nem percebe que tem alguém observando nosso trabalho e espero que continue indo bem. Tenho a esperança que, apesar das dificuldades, aconteçam somente coisas positivas", completa Sant’Ana.

Outro homenageado é Alcides Destro, 76 anos. "Ser taxista é um desafio, não tem feriado, fim de semana, é corrido, mas proporciona boas histórias. Há 52 anos no ramo, Destro conta que já levou em seu carro personalidades importantes. "O mais marcante foi o rei Roberto Carlos". "Fui levá-lo ao aeroporto e foi o maior burburinho. As pessoas queriam entrar no carro, falar com ele", lembra o taxista. "Ele foi muito legal. Autografou uma foto que levo comigo dos meus filhos e pagou até a mais a corrida", relata Destro.

Mais dois fazem parte da lista: Roberto Rubini, 77 anos. Ele conta que em 37 anos de profissão e já passou por "muita correria", pois no início da carreira trabalhava em outro serviço. "Eu trabalhava de manhã no táxi e à noite numa lanchonete que tinha no Parque do Povo, mas é uma profissão muito boa para mim", conta Rubini. Já José Aparecido Bianchi é o outro destaque. A reportagem tentou entrar em contato com ele, mas sem êxito.