1º semestre soma 63% da chuva prevista para o ano

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 09/07/2016
Horário 08:55
 

A precipitação de chuvas acumuladas no primeiro semestre deste ano é de 831,6 mm, em Presidente Prudente, o que equivale a 63% do total previsto na média do ano, 1.318 mm. Também entre janeiro e junho, choveu 12 dias a mais que a média histórica geral para o período. Os dados foram divulgados na sinopse climática da Estação Meteorológica da FCT/Unesp (Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), do campus local.

Jornal O Imparcial Volume de chuvas no 1º semestre deste ano ficou em 831,6 mm, expõe sinopse climática

De acordo com o professor doutor José Tadeu Garcia Tommaselli, climatologista da instituição, o aumento nos dias de chuva não é considerável, pois está dentro de uma variação comum. O que foge do normal é o volume. "Em maio, que não é um mês comumente chuvoso, choveu por 15 dias, resultando em 122,9 mm. O volume perde somente para os meses de janeiro e fevereiro, temporada de verão, que registra as maiores precipitações do ano. Já a variabilidade dos dias é normal", comenta.

De acordo com o climatologista, as chuvas fazem parte do fenômeno El Niño, que provoca diversas alterações climáticas. "Tivemos um primeiro semestre com forte influência do fenômeno. A partir de agora, ele está em fase de neutralização, e a perspectiva é que haja menos precipitações no decorrer da estação", declara.

Marcelo Pinheiro, meteorologista do Instituto Climatempo, diz que boa parte da chuva contabilizada ocorreu nos primeiros meses, quando ainda era verão. "Com o El Niño temos ocorrências de instabilidade climática no sudeste, o que acarretam as chuvas", explica.

 

1,5ºC a menos


Junho também foi mais frio e registrou médias de 18º C, sendo que a média histórica para o período é de 19,5º C; 1,5º C a menos que o comum, com os dias mais frios do ano até o momento. As temperaturas variaram com mínimas de 5,2º C a máximas de 27,8º C. Para Tommaselli, uma das explicações possíveis, segundo um estudo da Nasa, é que uma capa de gelo da Antártida aumentou, e isso refletiu na formação de massa de ar polar mais intensa para a região oeste paulista. Outro fato é o El Niño, que muda o setor de circulação dos ares e altera o tempo. "São hipóteses estudadas. Ainda não temos afirmação", completa.

Marcelo, do Climatempo, diz que junho foi marcado por uma entrada de ar polar muito forte e acarretou um frio mais intenso que o comum. "Podemos ter outras ondas de frio intensas em julho e agosto, tempo nublado, mas a previsão é que não sejam tão fortes como naqueles dias do mês passado", pontua.

 
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