25 municípios estão em fase de empenho para universalização do saneamento básico

Com dados de 2017, objetivo da ABES é identificar o quão próximo as cidades estão deste processo com a atribuição de notas até 500

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 24/06/2019
Horário 08:47
José Reis - Mapeamento leva em conta o abastecimento de água nas cidades e outros três indicadores
José Reis - Mapeamento leva em conta o abastecimento de água nas cidades e outros três indicadores

Das 39 cidades da região contempladas no Ranking da Universalização do Saneamento Básico, 64,10% apresentam pontuação entre 200 a 449, sendo 500 pontos a avaliação máxima. O estudo é elaborado pela Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental). Isso significa que a população de 25 cidades, enquadradas na categoria “Empenho para a universalização”, ainda encontra algum tipo de dificuldade no acesso a um ou mais serviços. Com base em dados de 2017, o estudo tem o objetivo de apontar a situação dos municípios brasileiros na oferta de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e coleta e destinação adequada de resíduos, possibilitando identificar o quão próximos estão da universalização do saneamento.

Conforme a Abes, o ranking avalia o percentual de pessoas atendidas pelos serviços e neste ano reúne 1.868 municípios, representando 68% da população do país, e mais de 33% dos municípios brasileiros que forneceram ao SNIS1 (Sistema Nacional de Informações de Saneamento) as informações para o cálculo de cada um dos cinco indicadores utilizados no estudo. “A inclusão em relação à elaboração do Plano de Saneamento Básico se dá a partir de dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas] e o aprimoramento do indicador de resíduos sólidos, incorporando além dos resíduos domiciliares e públicos, os demais resíduos produzidos pelos municípios”.

Ainda conforme a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, os municípios que apresentaram as informações para o cálculo dos indicadores que compõem o ranking foram classificados em quatro categorias de acordo com a pontuação total obtida pela soma do desempenho de cada indicador.

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AVALIAÇÃO DE NOTAS

Cidades são divididas em categorias

GABRIEL BUOSI

Da Redação

Na região de Presidente Prudente, o ranking da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) dividiu as 39 administrações em quatro categorias.  A que teve maior pontuação foi Adamantina, sendo que com 499,59 pontos entrou para a categoria das cidades de pequeno e médio porte rumo à universalização, que compreende avaliações com mais de 489 pontos.

Ainda nas cidades de mesmo porte está a categoria intermediária intitulada de “compromisso com a universalização”, que abrange cidades classificadas entre 450 e 489 pontos – com 13 municípios da região inseridos, seguida da categoria de menor pontuação regional, “empenho para a universalização”, com pontuações que vão de 200 a 449, com as 25 cidades.

Uma administração considerada de grande porte, Presidente Prudente, entrou para a categoria “empenho para a universalização”, com a pontuação de 401,87, sendo que a categoria engloba pontos que vão de 200 a 449,99.

Sabesp

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informa que disponibiliza redes de água e de esgoto em toda a extensão de área urbana e legal dos municípios, ou seja, nos locais passíveis de implantação dos sistemas de saneamento básico, conforme acordado com as prefeituras nos contratos de programa. Já o ranking da Abes considera toda a extensão dos municípios, o que inclui a zona rural, por exemplo. Por este motivo, os indicadores de atendimento em água e esgoto apresentados pela associação são mais baixos do que os considerados pela companhia de saneamento e pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo).

Categorias avaliadas pelo ranking*

- Rumo à universalização

Acima de 489,00 pontos

- Compromisso com a universalização

De 450,00 a 489,00

- Empenho para universalização

De 200,00 a 449,99

- Primeiros passos para a universalização

Abaixo de 200,00

* Foram consideradas como cidades de pequeno e médio porte aquelas com até 100 mil habitantes e de grande porte as acima de 100 mil habitantes.

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NA PRÁTICA

Prefeituras comentam desempenho em ranking

GABRIEL BUOSI

Da Redação

Os municípios da região considerados no Ranking da Universalização do Saneamento Básico comentam o cenário de saneamento básico. A reportagem ouviu quatro deles, Adamantina, Dracena, Presidente Prudente e Presidente Venceslau.

Sobre os 499,59 pontos recebidos, a Prefeitura de Adamantina afirmou estar satisfeita, o que, para ela, mostra que a cidade está no caminho certo. “A cidade está coberta 100% com a coleta seletiva e, ainda, está em construção um barracão que objetiva a formação de uma associação de catadores, que já foram selecionados e passarão por capacitação”. Com isso, o objetivo é melhorar ainda mais a destinação dos resíduos na cidade.

A administração lembra já ter resolvido o “problema” do aterro sanitário, situação herdada da gestão anterior. “Com todas essas ações, o desejo é continuar evoluindo para melhorar a qualidade de vida e propiciar melhores condições de saúde para a população como um todo”.

Já a Prefeitura de Presidente Venceslau, que ficou na categoria pequeno e médio porte - empenho para a universalização, com 431,39 pontos afirma que o próprio nome da categoria descreve o cenário da cidade.  “O empenho da administração está na evolução da questão que envolve o saneamento básico”.

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) de Presidente Prudente, com pontuação de 401,87, afirma ser esta uma “nota satisfatória” e adianta que o município pretende melhorar ainda mais os serviços disponíveis. “Hoje, em termos de água e esgoto, Prudente está com 100% dos serviços prestados. Já na questão dos resíduos sólidos, a cidade vem tendo evolução e os resultados a serem alcançados elevarão ainda mais a nota”, comenta.

A Prefeitura de Dracena, por sua vez, com pontuação 484,68, vê essa nota “dentro do esperado” e ressalta que só não atingiu o valor máximo devido ao fato de os distritos de Jaciporã e Jamaica não contarem com estações de tratamento de esgoto. Estudos estão em andamento para futuras implantações dos empreendimentos nas localidades.

O abastecimento de água nos distritos, em seu turno, já atingiu 100% dos imóveis. “Adquirimos tanque de hidrojateamento para limpezas de redes de esgoto e estações elevatórias, além de vários veículos e máquinas para manutenção de todo o sistema. Ainda ocorrem análises contínuas no sistema de tratamento de água e esgoto”, pontua.

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