3 de janeiro de 2024 é o prazo de conclusão das obras da pista de atletismo da Unesp de Prudente

Treinadores e atletas, que precisam de uma pista adequada para que tenham um bom rendimento nas competições que disputam, não veem a hora desta que fazia parte de seus dias estar pronta

Esportes - DA REDAÇÃO

Data 05/11/2023
Horário 03:50
Foto: Maurício Delfim Fotografia
Do alto é possível ver com amplitude o local onde está localizada a pista tão esperada
Do alto é possível ver com amplitude o local onde está localizada a pista tão esperada

O novo prazo de conclusão das obras da pista de atletismo da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, é de 3 de janeiro de 2024, segundo informa o vice-diretor da instituição de ensino superior, Ricardo Pires de Paula.

Conforme detalha, os serviços da obra - com investimento total de R$ 5.970.076,14 - estão em andamento e está programada para a próxima semana o plantio da grama. “Finalizando essa etapa será feito o acabamento com a borracha, como nos informou o engenheiro da Construtora Recoma. O percentual acumulado de avanço das obras está em 77,54% faltando realizar 22,46% [grama, piso e acabamento]”, expõe o vice-diretor da faculdade.

Atletas que precisam e muito de uma pista adequada para que tenham um bom rendimento nas competições que disputam não veem a hora desta que fazia parte de seus dias estar pronta. Cremilson Julião Rodrigues, o Montanha, treinador da equipe prudentina de atletismo da APA/TCPP/Semepp/Talento Olímpico, comenta que ele e os seus meninos e meninas têm passado por ali e observado o andamento das obras. E como já estão à espera de sua conclusão há bastante tempo, a expectativa é que após toda essa demora, com todos os contratempos que aconteceram, a construtora entregue um material de acordo com o contratado. 

“Porque a gente vê muito por aí que várias pistas que são entregues, com pouco tempo de uso já apresentam diversos defeitos. Então, que possam nos entregar a da Unesp com tudo bonitinho, em perfeito estado, e, inclusive com durabilidade”, ressalta o treinador.

Deixar de perder tempo

Montanha frisa que desejam que os atletas possam ter um ano de 2024 em cima de um tapete novo e de qualidade para que os resultados possam realmente aflorar no seu potencial máximo. Ele comenta que como é de conhecimento de todos que acompanham as notícias sobre os trabalhos da equipe, o fizeram bastante a base de improvisos durante todo esse ano de 2023. “Tínhamos uma promessa de entrega dessa pista, o que não aconteceu e passamos o ano inteiro com atleta machucando por ter que treinar em local inapropriado, inadequado e fazendo milagres. Mas mesmo assim, com esforço, garra e graças a Deus, obtivemos grandes resultados”, acentua Montanha.

Conforme o treinador, com a nova pista deixarão de perder tempo improvisando e poderão aprimorar ao máximo todas as valências físicas das provas, quais os atletas são especialistas, e com isso, com certeza, o resultado tende somente a melhorar e melhorar cada vez mais.

“Isso porque treinador nem atleta ficarão pensando no que fazer. Às vezes com receio de executar o movimento por não estar no habitat correto, o atleta fecha os olhos e faz o que sabe da melhor forma. E em 2024 com certeza virão bons resultados. É só cumprirem o prazo e entregar a pista pra gente, que o resto fazemos”, garante Cremilson.

Não podemos parar

Jerusa Geber dos Santos, a paratleta campeã de Paris, na França, que bateu dois recordes nos 100 m (11s86) e nos 200m (24s63), e fez a melhor marca de sua vida no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico, também pontua que sua expectativa é que esse novo prazo de entrega da pista seja cumprido, porque já foi adiado mais de uma vez. 

“Eles adiam, adiam e a gente espera porque não tem o que fazer. Enquanto isso, sofremos também improvisando para treinar e em lugares até perigosos, como entre carros nas ruas, no cimento, no asfalto, na grama, porque não podemos parar e só nos resta esperar. Precisamos da nossa pista pronta o mais rápido possível para podermos voltar a fazer o que deixamos há um tempão”, acentua a paratleta conhecida mundialmente.

Jerusa frisa que tem vários tipos de treino que não consegue executar se a pista não for de borracha. “A gente acaba gastando muito tênis, porque não treina na pista adequada. Não podemos usar nossa sapatilha própria para treino de velocidade em pista de borracha. Enfim, com a pista nova poderemos voltar a treinar com 100% de segurança e a certeza de alcançarmos resultados muito bons”, denota a velocista.

Fotos: Maurício Delfim Fotografia

Homens trabalham na pista da Unesp para finalizar trabalhos 


Obras devem ser concretizadas em janeiro de 2024


Gramado, pista, arquibancadas... uma longa espera

Fotos: Cedidas

O mestre Montanha e a pequena gigante Julia Isogai


Atletas APA em dia de treinamento na antiga pista da Unesp


“Precisamos da nossa pista para voltar a fazer o que deixamos há um tempão”, diz Jerusa

 


 

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