60 agentes de Prudente participam de protesto geral em Bauru, dia 2

Durante manifesto da categoria, profissionais discutirão sobre as “falhas" apresentadas no sistema administrativo do órgão

PRUDENTE - VICTOR RODRIGUES

Data 24/02/2017
Horário 11:04
 

Cerca de 60 policiais civis, entre agentes, investigadores, delegados e escrivãos da região de Presidente Prudente se reunirão no dia 2 de março, em Bauru (SP), para um manifesto geral sobre a "falta de profissionais, excesso de trabalho, e outras falhas" no sistema administrativo da Polícia Civil. A falta de concursos, não pagamento de horas-extras e a morosidade na chamada dos aprovados na seleção também compõem a pauta de reivindicações.

Trata-se de um manifesto estadual promovido pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo e as unidades regionais do Sipol (Sindicato dos Policiais Civis) de Presidente Prudente, Bauru e Santos. De acordo com o presidente do Sipol regional de Prudente, Fábio Morrone, a manifestação deverá reunir mais de 1,5 mil pessoas de todo o Estado. "Estamos estafados com o descaso do governo com a polícia. É preciso que nos juntemos para mudar a situação", explica.

A ação será desenvolvida na sede da subseção da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo), a partir das 12h, e deverá ser encerrada pelas 14h. "A cidade foi o fio condutor da greve de 2008 e sua escolha é simbólica para toda a Polícia Civil. As entidades aguardam a presença de profissionais de todas as carreiras, que debaterão abertamente sobre as desvantagens vivenciadas por todos", comenta o sindicalista.

Segundo Morrone, não haverá greve, embora a ideia não esteja totalmente descartada. Na ocasião, os participantes irão discutir uma campanha estratégica com diversas ações para sensibilizarem o governo a tomar as medidas solicitadas pela categoria.

"Os policiais enfrentam um cenário de completa desolação, onde a desvalorização profissional e a falta de estrutura chegaram ao ápice dos prejuízos. A sociedade também paga por isso, com um serviço prestado sem qualidade. Somente na nossa região faltam cerca de 350 policiais civis", destaca Morrone.

A reportagem recorreu à SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), que administra a polícia no Estado, para tratar o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, não houve resposta.

 
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