919.990 bovídeos de até 2 anos devem ser vacinados contra febre aftosa na região

Calendário da campanha foi alterado em 2022: para a primeira etapa, prazo para imunização do rebanho se encerra no fim de maio

REGIÃO - CAIO GERVAZONI

Data 15/05/2022
Horário 04:06
Foto: Coordenadoria de Defesa Agropecuária
Prazo para imunização do rebanho de bovídeos de até 24 meses se encerra no fim de maio
Prazo para imunização do rebanho de bovídeos de até 24 meses se encerra no fim de maio

Teve início no começo deste mês a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado de São Paulo. O calendário sofreu alteração neste ano. Para a primeira etapa da campanha, deverão ser vacinados todos os bovídeos - bovinos e bubalinos -  com até 24 meses de idade. De acordo com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, 919.990 cabeças serão imunizadas nesta etapa no oeste paulista
Segundo o órgão, na região do EDA (Escritório da Defesa Agropecuária) de Presidente Prudente serão vacinadas 343.591 cabeças de bovídeos de até dois anos de idade; no EDA de Presidente Venceslau, 409.133; e no EDA de Dracena, 167.266 cabeças. 
Conforme indica a coordenadoria, o objetivo da inversão do calendário é garantir a oferta oportuna de vacina contra a febre aftosa nas etapas de vacinação deste ano. Nesta primeira etapa, o prazo para imunização do rebanho se encerra ao final de maio e o produtor rural tem até 7 de junho para declarar a vacinação. A segunda fase da campanha tem início em novembro, quando o produtor deverá vacinar todo o rebanho. 
Após a imunização, a declaração da vacinação deve ser realizada, de preferência, por meio eletrônico, através do sistema informatizado Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal), no https://gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br/. Se não for possível fazê-la por meio do site, o produtor poderá acessar a declaração na página da defesa.agricultura.sp.gov.br, preencher os dados e encaminhá-la por e-mail ou entregá-la pessoalmente na Unidade de Defesa Agropecuária mais próxima. 

Importância da vacinação

O médico-veterinário da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Breno Moscheta Welter, que junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária é responsável pelo Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa no Estado de São Paulo, indica que a febre aftosa é uma doença altamente contagiosa e que tem grande importância social e econômica, e seu impacto prejudica produtores, empresários e famílias rurais. “Ao vacinar, o produtor rural está garantindo a imunidade do seu rebanho e contribuindo para manutenção do Estado de São Paulo como área livre de febre aftosa com vacinação”, explica o veterinário. 

Multa para quem não vacinar

De acordo com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, o criador que deixar de vacinar e de comunicar a vacinação estará sujeito a multas que variam de três a cinco Ufesps (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) por animal. Em 2022, o valor de cada de cada Ufesp é de R$ 31,97: 

- Multa de cinco Ufesps, R$ 159,85, por cabeça não vacinada;
- Multa de três Ufesps, R$ 95,91, por cabeça vacinada que não for informada ao órgão. 

Procura pela vacina

A reportagem consultou alguns estabelecimentos agropecuários em Presidente Prudente para saber como anda o cenário de procura pelas vacinas contra a febre aftosa no município, com a alteração do calendário. Antônio Cardoso, proprietário da Agropecuária Prudentina, indica que a campanha está “tranquila”. “Com a mudança do calendário, a maioria do pessoal deixa para a última hora. No entanto, alguns produtores já adquiriram [as vacinas] no início da campanha. As vendas estão ocorrendo, mas está devagar, tranquila. Acredito que mais para o final da campanha o pessoal vai começar a correr atrás”, indica o comerciante. Antônio ainda pontua que, com a mudança do calendário da campanha de imunização contra febre aftosa, a quantidade de vacinas adquiridas para o estoque foi menor em relação aos anos anteriores. “Foi bem menor em função da redução de animais a serem vacinados [nesta primeira etapa]”.
A auxiliar de escritório da casa agropecuária Raça Forte, Amanda Bearthman, informa que por lá a procura pela vacina anda alta. “[As vendas] já na primeira semana estavam bem altas”, relata. Assim como Antônio, Amanda conta que por conta da mudança de calendário o estoque de vacinas e a compra dos clientes estão menores se comparadas às campanhas anteriores. 

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