A Eleição Ainda Não Terminou

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista ainda com ressaca eleitoral

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 01/12/2020
Horário 05:31

Pois é, a eleição do sinistro ano Vinte-Vinte ainda não terminou. Domingo que vem tem mais. É a eleição para eleger o prefeito de Macapá, capital do Amapá.
O pleito foi adiado por causa do apagão que atingiu 13 dos 16 municípios do Amapá, incluindo Macapá. Se não houver definição no primeiro turno, haverá segundo turno, como é óbvio.
Esquerda e extrema-direita saíram chamuscadas das eleições. É assim mesmo. Faz parte do jogo democrático. Eleição a gente ganha ou perde, se me permitem dizer tal obviedade. Se houver empate na contagem dos votos, ganha o candidato mais velho.
Bacana a atitude do Boulos, que reconheceu a derrota antes mesmo da contagem dos votos e ligou para o Bruno Covas cumprimentando o tucano pela vitória. Boulos é civilizado e firma-se cada vez mais como liderança política.
Covas, reeleito, fez um discurso até certo ponto duro. Atacou a política do ódio que assola o Brasil. Ele tem razão. Foi um recado direto a "vocês sabem quem". Política não se faz com o fígado, como ensinava Ulysses Guimarães.
Surgiram denúncias de irregularidades, como a distribuição de cestas básicas e a compra de votos. Isso no Brasil é mais antigo do que andar pra frente, se bem que o país está igual ao caranguejo, ou seja, anda pra trás.
Evidente que muitos eleitores votaram em determinados candidatos em troca de uma cesta básica ou de um dinheirinho, talvez um lobo-guará. Duzentinho, em suma. Triste!
A coisa está feia. Geladeira de pobre está mais vazia do que cabeça de terraplanista. Afinal, são mais de 14 milhões de desempregados. É por isso que uma cesta básica, mesmo doada irregularmente, chega em boa hora. E segue o baile e assim caminha a humanidade.

DROPS

Todo brasileiro vivo é uma espécie de milagre.
(Ivan Lessa)

O dinheiro não é tudo. Tudo é a falta de dinheiro.
(Millôr Fernandes)

Eu bebo para tornar a humanidade interessante.
(Paulo Francis)

Pimenta nos olhos dos outros é colírio.
 

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