As tempestades que atingiram o oeste paulista são um lembrete eloquente da vulnerabilidade das cidades frente aos fenômenos climáticos. Rajadas de vento acompanhadas de chuva transformaram a rotina em um cenário de riscos, exigindo a pronta resposta do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Quedas de árvores, fios energizados e interrupções no fornecimento de energia demonstram que a força da natureza, muitas vezes subestimada, não pode ser ignorada.
Em Presidente Prudente, o céu avermelhado pela poeira antes da chegada da chuva já anunciava que não se tratava de uma precipitação comum. O espetáculo visual, por mais impactante que fosse, escondia perigos concretos: vias bloqueadas, riscos de choque elétrico e famílias assustadas com a violência da ventania.
O episódio reforça a necessidade de um debate permanente sobre prevenção. Árvores mal cuidadas, fiações expostas e falta de planejamento urbano potencializam os efeitos de fenômenos naturais.
Não se trata de evitar a chuva ou o vento, mas de reduzir sua capacidade de causar estragos. A responsabilidade é compartilhada: poder público, concessionárias de energia e também os cidadãos, que devem estar atentos a sinais de risco e seguir orientações de segurança.
Se a força da tempestade é inevitável, as consequências dela podem ser minimizadas. A lição deixada pela natureza é clara: é preciso investir em prevenção, planejamento e consciência coletiva para que, diante de cada rajada de vento, a sociedade não seja pega de surpresa.
