A IA vai roubar o meu emprego? A pergunta errada que revela um medo real

OPINIÃO - Janaina Peroto

Data 25/07/2025
Horário 05:00

Essa pergunta reflete uma realidade, certo? 
Mas o foco está no lugar errado. O problema não é a IA, é continuar no mesmo lugar enquanto tudo muda. O que ameaça profissionais e empresas é a resistência ao aprendizado.
Toda revolução assusta: foi assim com as máquinas na era industrial, com a internet nos anos 2000 e agora com a Inteligência Artificial. A diferença entre quem cresce, bate resultado, meta e quem fica para trás sempre esteve em uma escolha: evoluir ou estagnar.
Empresas que crescem têm times que aprendem. E líderes com visão, que preparam pessoas para usar a tecnologia como aliada, não como ameaça. O futuro é de quem aprende rápido, se adapta e transforma desafio em oportunidade.
É aqui que entra o fator humano. A IA pode ser rápida, mas não é sensível. Pode calcular, mas não tem senso crítico. Pode gerar dados, mas não entende o contexto. Quem faz isso é gente preparada, com repertório e conhecimento. Isso se chama competência comportamental.
E são essas competências que tornam um profissional indispensável. Não adianta dominar ferramentas se falta iniciativa ou visão para onde está indo. Não adianta acesso à tecnologia sem responsabilidade, escuta e tomada de decisão. A tecnologia é um recurso. A inteligência emocional é o diferencial.
O que separa quem cresce de quem estagna não é a IA, mas o quanto a pessoa está disposta a aprender com ela. Esse é o novo perfil que o mercado exige: profissionais que pensam e usam a tecnologia como ponte — não como muleta.
E para formar esse tipo de time, o papel do empresário precisa ser estratégico. Investir em comportamento, cultura e aprendizado constante. 
A pergunta é simples: seu time está pronto para usar a IA como alavanca ou vai esperar ser engolido por ela?
No fim das contas, não é sobre tecnologia. É sobre liderança.
Você está conduzindo essa mudança — ou apenas assistindo ela acontecer?


 

Publicidade

Veja também