Tudo começa na alimentação, pois além de contribuir para uma boa saúde do nosso corpo como um todo, uma alimentação saudável também favorece melhora do nosso cérebro.
Uma dieta adequada e equilibrada tem o potencial de melhorar a função cognitiva global, reduzir o risco de desenvolver perdas cognitivas, além de doenças como Alzheimer e o Parkinson.
Aqui a participação de cuidadora de idosos presente no lar torna-se fundamental, pois sabe que na terceira idade ocorrerão inúmeras alterações, principalmente no aparelho digestivo, desde a boca até o ânus e, assim, pode ajudá-los.
Na boca, especialmente os dentes e língua serão os mais afetados. Frequentemente, idosos têm perdas de dentes e menor força de mastigação; e está acompanhado também de alterações das papilas gustativas na língua.
Isso resulta em hábitos alimentares seletivos pelos idosos, que querem consumir de preferência alimentos mais macios e também mais adocicados.
Cuidadoras colaboram em estimular outros alimentos, pois sabem que constituem risco de elevar ao aumento de peso e os valores na glicemia piorando muitas vezes comorbidades presentes.
Paciência para adequar bons hábitos é uma das especialidades de cuidadores de idosos.
Sabemos, portanto, que o hábito e o estilo de alimentação influenciam diretamente todo o funcionamento do corpo, e o cérebro depende desse equilíbrio para manter as suas funções adequadas.
De modo geral, não sendo muito rígido, em uma boa dieta na terceira idade, deve-se evitar manteiga, queijo, carne vermelha, frituras e doces. Difícil não é?
Mas o que os idosos podem e devem comer? Como cuidadoras de idosos podem contribuir?
Não é difícil, pois listas e orientações de nutricionistas são abundantes no nosso meio, estimulando o consumo de aves, ovos, grãos integrais, leguminosas, verduras ricas em vitaminas do complexo B, cruciais para o metabolismo energético das células cerebrais. Já os peixes gordos, como salmão, sardinha, atum, bem como a chia, linhaça e nozes, são ricos em ácidos graxos e ômega-3, componentes essenciais para a estrutura e função das células cerebrais, além de melhorar a memória e o aprendizado.
As nozes sementes, óleos vegetais, folhas verdes, abacate são abundantes em vitamina E poderosos antioxidantes que protegem as células cerebrais contra danos dos radicais livres.
E, finalmente, as frutas vermelhas, o cacau, chá verde, café, vinho tinto encontramos os polifenóis, que protegem as células cerebrais contra danos, melhoram a função cognitiva e reduzem o risco de doenças neurodegenerativas.
Claro que não são todos os dias que teremos e comeremos estas listas imensas, mas adequando diariamente um ou alguns destes alimentos no nosso prato.