A importância do investimento em saúde mental

Estamos todos assistindo aos Jogos Olímpicos e, festejando ao mesmo tempo, a medalha de bronze das graciosas ginastas brasileiras. A equipe é quem ganha a medalha de bronze. Observamos a performance de cada ginasta no grupo e fica notória a coesão grupal, o bom humor e o afeto permeando todo o final de cada apresentação. A treinadora ou a técnica também permanece muito evidente o tempo todo, recepcionando a cada uma em sua chegada, após a execução da modalidade. 
Todo esse contexto experienciado por cada atleta envolve uma complexidade de atitudes, decisões e escolhas em direção ao triunfo ou êxito. A saúde mental é um fator primordial em direção aos bons resultados. É necessário e fundamental o apoio da família, um meio ambiente adequado, disciplina, boa alimentação, apoio constante e motivacional. O bom resultado está relativamente imbricado com os treinos diários, e isso envolve perdas e ganhos, foco e desfoco, cobranças e desconfortos. O treinamento é diário e autocobrança é constante. É preciso investir em saúde mental, pois são jovens e adolescentes e todos têm uma vida paralela. 
A saúde mental comprometida, um desequilíbrio psíquico e ausência da capacidade de integração corpo e mente desencadeiam doenças psicossomáticas ou diversos transtornos, como ansiedade e depressão e seus derivativos. 
Outra atleta em destaque é a Simone Biles Owens, que aparece fazendo mímicas e caretas quando atletas estão executando suas modalidades. Com uma postura agressiva e de críticas, mesmo sendo considerada a melhor e vencedora de 23 medalhas de ouro. Em 2016, foi incluída na lista de 100 mulheres mais inspiradoras e influentes pela BBC. “Ninguém te ensina a ser um campeão olímpico e em como lidar com isso. Eu entrei em depressão profunda, e o que me ajudou foi a terapia”, disse Simone. Ela desistiu de competir nas Olimpíadas de Tóquio em 2021 devido à preocupação com sua saúde mental e tomou uma decisão corajosa. 
Penso que independente da pressão ou expectativas externas, o essencial é priorizar o bem-estar. O próprio fenômeno “Olimpíadas “envolve certa persecutoriedade, pressão, aprisionamento emocional e relevância nos aspectos racionais. A objetividade deve fazer parte da exposição ao mundo e esse fator implica muitas vezes, em uma tensão sobrenatural. O ideal é o equilíbrio e a busca pelo autoconhecimento.
 

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