A luta contra a dengue precisa ser permanente

EDITORIAL -

Data 24/10/2025
Horário 04:15

A dengue é um daqueles temas que nunca deixam de ser atuais. Mesmo após décadas de campanhas, alertas e mutirões, o mosquito Aedes aegypti continua sendo um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil. Em cidades como Presidente Prudente, bem como toda região, onde o clima favorece a proliferação do vetor, o enfrentamento dessa realidade exige mais do que ações pontuais. Requer informação, pesquisa e, sobretudo, comprometimento coletivo.
Nesse contexto, o 1º Simpósio sobre Arboviroses, promovido pela Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em parceria com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), representa uma iniciativa de grande relevância. O evento, que será realizado no dia 29 de outubro, das 8h às 12h30, por videoconferência, traz o tema “Visando o paciente e o controle vetorial: o que esperar para os próximos anos?”, uma abordagem que une o olhar científico ao compromisso prático com a saúde pública.
A programação reunirá especialistas de referência nacional, entre eles representantes do Ministério da Saúde, do IAL (Instituto Adolfo Lutz), da Fiocruz e do WMP (World Mosquito Program). Os debates abordarão desde os avanços na vacinação contra a dengue até estratégias de vigilância e controle vetorial, passando por inovações laboratoriais e estudos sobre o comportamento do mosquito transmissor.
A importância de eventos como esse vai muito além do ambiente acadêmico. Eles ampliam o conhecimento técnico dos profissionais de saúde, fortalecem as políticas públicas e inspiram novas estratégias de prevenção. Afinal, cada dado compartilhado, cada descoberta científica e cada ação de conscientização pode significar vidas poupadas.
Discutir as arboviroses é, portanto, discutir o futuro da saúde coletiva. Com as mudanças climáticas e urbanização acelerada, o desafio tende a crescer e somente com ciência, educação e participação social será possível vencê-lo. O simpósio em Prudente reafirma que a luta contra a dengue não pode ser sazonal: deve ser constante, integrada e baseada em conhecimento.
 

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