Em agosto, a Nike, gigante norte-americana de produtos esportivos que patrocina a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desde 1997, apresentou oficialmente, com o lema “Garra Brasileira”, as camisas da Seleção Canarinho de futebol masculinopara a disputa da Copa do Mundo do Catar, em novembro deste ano.
As novas peças, tanto a tradicional amarelinha titular, quanto, principalmente, a camisa reserva azul, são inspiradas na pelagem cheia de manchas e rosetas da onça-pintada, felino que, comumente, habita áreas de biomas tupiniquins como o Cerrado, Mata-Atlântica e boa parte da Amazônia.
Na camisa titular, símbolo da seleção canarinho, a Nike optou por usar um amarelo mais claro e traz um design de “Animal Print” inspirado na garra e na beleza da onça-pintada. No manto azul, aconteceu a maior mudança em relação ao modelo passado: a manga da nova camisa reserva tem detalhes em verde da pelagem característica do felino.
Se, por um lado, o diálogo em representar um animal símbolo da fauna brasileira ameaçado de extinção acontece e é bem-sucedido; de outro, o preço de R$ 350 da camisa não dialoga com o bolso do trabalhador brasileiro: o consumidor precisará desembolsar cerca de 30% do salário mínimo atual, que é de R$ 1.212, para ter a versão “torcedor pro” da camisa da Seleção, seja atitular amarela ou a reserva azul.
Uma funcionária, que prefere não se identificar, da unidade de umagrande loja de varejo de itens esportivos – parceira da Nike e da CBF – no Prudenshopping, em Presidente Prudente, relatou há duas semanas que, desde o lançamento, foram vendidas cerca de uma centena de camisas, tendo a azul como preferência entre os consumidores.
“O detalhe em verde na manga da camisa azul agradou bastante o pessoal. Acho que por isso, está saindo mais”, relata. Na primeira semana de setembro, em Prudente, a unidade era a única a vender o modelo oficial das camisas da CBF para a Copa do Catar.
Caio Gervazoni/ O Imparcial
Na camisa titular, símbolo da seleção canarinho, Nike optou por usar um amarelo mais claro