A saúde pede urgência

OPINIÃO - Marcelo Fritschy

Data 08/12/2020
Horário 05:00

A saúde pública em Presidente Prudente beira ao caos por causa da Covid-19. O que se temia aconteceu: na última semana, a Justiça constatou que não havia vagas de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nos hospitais do município, que atendem não apenas os prudentinos, mas pacientes de toda região. 
Fato que houve um relaxamento tanto da população quanto do poder público municipal e estadual. Da população, pois grande parte realizou festas sem o mínimo de distanciamento social e uso de máscaras, além de desrespeitar a capacidade máxima determinada em estabelecimentos que promovem eventos... E não, a culpa não é do setor produtivo! Basta ir a lojas e outros estabelecimentos, e constatar que as medidas de segurança estão sendo respeitadas. 

É preciso consciência para que não sejamos novamente surpreendidos com uma nova onda e prejuízos ao setor produtivo

Os casos aumentaram repentinamente e, para piorar, agora, em dezembro, os convênios da Santa Casa de Prudente com o Estado, e o convênio de 90 dias com o Hospital Regional do Câncer de Prudente, foram encerrados. Enquanto isso, as UPA’s (Unidades de Pronto Atendimento) têm acolhido pacientes sintomáticos ou já testados positivos, colocando em risco os profissionais da saúde e pacientes com outras patologias, além de não haver leitos de UTI para casos mais graves nessas localidades.  
Em busca de uma solução imediata posta pelo Ministério Público, nos “45 minutos do segundo tempo”, o Estado disse que destina dez novos leitos de UTI ao Hospital Regional, além do envio de mais de 60 respiradores à região para ativação de leitos de UTI e repasse financeiro.
Diante de todo esse cenário, não temos outra visão senão a falta de atenção do governo estadual com o nosso interior, que foi necessário uma liminar judicial para atender o nosso oeste paulista. À população, é preciso consciência para que não sejamos novamente surpreendidos com uma nova onda, com reclassificação das cidades, prejuízos ao setor produtivo e colapso no sistema de saúde. 

 

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