A urgência da consciência sobre as queimadas

EDITORIAL -

Data 10/09/2025
Horário 04:15

O mesmo assunto, mais uma vez. O incêndio que consumiu parte da Mata do Furquim, em Presidente Prudente, é mais do que um alerta: é o retrato de uma realidade que se repete, sobretudo no período de estiagem. Ontem esse espaço enfatizou sobre o mesmo tema. Apesar da pronta atuação do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e de forças policiais, o fogo voltou a ganhar força na segunda-feira e só foi controlado na madrugada de ontem. O episódio reforça a necessidade de uma consciência coletiva sobre os impactos das queimadas, que extrapolam os limites ambientais e atingem diretamente a saúde, a segurança e a qualidade de vida da população.
A devastação de áreas de preservação permanente compromete ecossistemas inteiros, colocando em risco fauna, flora e a própria estabilidade climática regional. Em um momento de seca prolongada, altas temperaturas e baixa umidade, qualquer descuido pode se transformar em uma tragédia. Não se trata apenas de números em relatórios, mas de perdas irreparáveis para as presentes e futuras gerações.
A Operação SP Sem Fogo, com a entrega de kits de combate às queimadas, demonstra a importância da prevenção e do preparo técnico. No entanto, nenhuma política pública será suficiente se não houver corresponsabilidade da sociedade. A cultura de evitar queimadas, denunciar focos e compreender os riscos deve ser prioridade.
É hora de transformar consciência em ação. O combate às chamas não começa quando os bombeiros chegam, mas na mudança de atitude de cada cidadão. Preservar nossas áreas verdes é garantir ar mais puro, temperaturas menos extremas e uma vida mais saudável para todos. Afinal, proteger a natureza é, antes de tudo, proteger a nós mesmos.
 

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